O primeiro-ministro de Israel, Benyamin Netanyahu, afirmou na terça-feira que os métodos não-letais não funcionam para o caso da Faixa de Gaza, onde 60 palestinos foram mortos e outros 2.700 feridos pelo exército israelense nos últimos dois dias.
“Tentamos de todas as maneiras. Testamos todos os tipos de métodos. Você tenta métodos não-letais, e eles não funcionam. Então, te deixam com opções ruins. É um mau negócio”, afirmou o premiê israelense em entrevista para a rede de televisão americana CBS.
As mortes ocorreram durante manifestações de palestinos na fronteira de Gaza. Eles protestavam contra o Nakba (catástrofe, em árabe), como é designado o dia da independência de Israel, e contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, um ato simbólico do reconhecimento da cidade como capital israelense pelo governo de Donald Trump.
Netanyahu também culpou pelas mortes o movimento palestino Hamas, que controla politicamente a Faixa de Gaza, e o acusou de “pagar” pessoas para participarem dos protestos.
“Nós tentamos minimizar as vítimas. Eles (os dirigentes do Hamas) querem que elas existam para colocar pressão sobre Israel”, insistiu. “Empurram civis, mulheres e crianças para a linha de fogo com o objetivo de obter vítimas”, acrescentou o primeiro-ministro israelense.
Para Netanyahu, essa situação poderia ter sido evitada. “Se o Hamas não os tivesse empurrado, isso não teria acontecido”, completou.
O massacre de palestinos provocou várias reações internacionais. Em reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os Estados Unidos defenderam sozinhos a resposta de Israel aos protestos em Gaza, enquanto a maioria dos países questionou essa atuação.
(Com EFE)