Países do sul da Europa vêm registrando temperaturas recordes ao longo da última semana, apesar do Hemisfério Norte estar no auge do inverno.
O calor fora de época é explicado por um anticiclone de alta pressão, que durante os festejos de Ano Novo já havia provocado temperaturas recordes no Reino Unido e na França.
Agora, o sistema se desloca em direção à Itália.
Na cidade de Bilbao, no norte da Espanha, as temperaturas cravaram 24,7 ° C, um recorde desde o início dos registros, em 1947.
E em Segóvia, a 115 quilômetros da capital, Madri, os termômetros foram a 22,7 ° C, o maior calor para esta época do ano desde 1920.
Na Grécia, moradores de Atenas têm aproveitado as temperaturas acima dos 20ºC para aproveitar as praias que cercam a cidade.
Já na região dos Alpes italianos, estações de esqui badaladas como Cortina d’Ampezzo e Courmayeur vêm registrando 13ºC de máxima. Nesta época do ano, esses locais costumam enfrentar nevascas e temperaturas abaixo de zero.
Mesmo resorts de esqui acima de 2.000 metros de altitude vêm enfrentando problemas. Isso porque a temperatura está tão elevada que não é possível produzir neve artificial.
O serviço de resgate da Itália aconselhou esquiadores a verificar regularmente os boletins meteorológicos devido ao risco elevado de avalanches.
Segundo autoridades, a temperatura elevada, combinada com ventos fortes, cria condições ideais para desmoronamentos.
O restante da Itália também experimenta condições anormalmente quentes, com uma alta esperada de 18ºC em Roma no último sábado (1º) e 22ºC na cidade de Catânia, na Sicília.
Cientistas europeus afirmam que as mudanças climáticas podem estar por trás do fenômeno.
No último verão, em 2021, a Europa enfrentou temperaturas extremas, com termômetros cravando 48ºC na Itália, o maior registro já feito no continente europeu.