Na China, Michelle Obama fala do valor dos direitos civis
Em discurso transmitido para 12.000 estudantes, primeira-dama dos Estados Unidos menciona a importância de 'protestos pacíficos para mudar leis'
Michelle Obama invocou a importância dos direitos civis nos Estados Unidos diante de um grupo de estudantes de ensino médio no interior da China durante palestra nesta terça-feira, reporta o Washington Post. A primeira-dama dos EUA contou histórias de sua trajetória de vida e disse que ela e seu país trabalharam muito para conseguir avançar na conquista de tais direitos. Mesmo constrangidas, autoridades chinesas que acompanhavam Michelle não a interromperam.
“Muitas décadas atrás, havia leis nos EUA que permitiram a discriminação contra os negros como eu, que são uma minoria em meu país”, disse Michelle. “Mas com o tempo, os cidadãos comuns decidiram que essas leis eram injustas. Então, eles realizaram protestos e marchas pacíficas. Pressionaram o governo para mudar essas leis e votaram para eleger novos políticos que compartilhavam seus pontos de vista”, completou.
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Ela também falou de como muitos americanos desfavorecidos socialmente conseguiram trilhar seus caminhos de sucesso e citou o astro do basquete LeBron James, a cantora Janelle Monae, o empresário Howard Schultz, dono da Starbucks, e seu marido, como exemplos. “Estas histórias são as histórias de muitos americanos”, disse ela. O discurso de Michelle foi feito em uma escola em Chengdu, no centro do país, mas foi transmitido via satélite para 12.000 que participam de um programa de ensino à distância.
Em menos de uma semana na China, esta já é a segunda oportunidade em que Michelle causa uma saia justa diplomática. Em seu discurso na Universidade de Pequim, ela mencionou a importância da liberdade de expressão para a alegria dos alunos e visível desgosto dos políticos e professores que a assistiam. A primeira-dama ainda deve causar pelo menos mais uma dor de cabeça para os chineses, pois nesta quarta ela agendou um almoço com membros da comunidade tibetana em um restaurante mantido por eles, num claro sinal de apoio ao Tibete – território autônomo à Oeste da China, ocupado pelos chineses desde 1950.