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Mulher é resgatada com vida após permanecer 128 horas soterrada em Katmandu

O trabalho de resgate, que durou nove horas, envolveu socorristas do Nepal, Israel e Noruega. Número de mortos passa dos 6.000. ONU estima que 2,8 milhões estão sem casa

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h34 - Publicado em 1 Maio 2015, 07h46
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  • Uma mulher de 24 anos foi resgatada após permanecer 128 horas embaixo dos escombros de um edifício de Katmandu, que desabou por causa do terremoto de magnitude 7,8 que devastou o Nepal no último sábado, informou nesta sexta-feira. Krishna Kumari Khadka estava soterrada no térreo da pensão Janasewa, na região de Gongabu, e foi libertada no fim da noite de ontem após nove horas de trabalho por equipes de resgate do Nepal, Israel e Noruega, disse o inspetor Debi Prasad Poudel.

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    A mulher foi o último dos resgates feitos pelas equipes espalhadas pelo país depois de uma série de salvamentos impressionantes registrados no Nepal. Pemba Lama, um jovem de 15 anos, foi resgatado sob aplausos ontem após permanecer 120 horas preso sob as ruínas do edifício de sete andares em que trabalhava, também em Gongabu. Um jovem de 28 anos foi resgatado na terça-feira após permanecer 82 horas preso em um edifício na capital nepalesa. Rishi Khanal teve uma das pernas amputadas, mas conseguiu sobreviver à tragédia. Em outra operação ocorrida na segunda-feira, uma mulher paraplégica de 32 anos pôde ser retirada com vida e em situação estável, depois de ficar cerca de 50 horas presa entre os escombros de sua casa em Katmandu.

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    O número oficial de mortes após a tragédia chegou nesta sexta-feira a 6.204, e o de feridos, a 13.932, apesar de os dados ainda estarem longe do total de vítimas, já que as autoridades desconhecem o impacto do tremor em regiões mais remotas. O terremoto forçou, além disso, cerca de 2,8 milhões de pessoas a deixarem suas casas em um país com uma população total de 28 milhões de pessoas. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 130.000 casas ficaram totalmente destruídas e 86.000 foram parcialmente danificadas e correm risco de desabar.

    Segundo as agências humanitárias o país vai precisar nos próximos três meses de 415 milhões de dólares (mais de 1,2 bilhão de reais) e até o momento 22 milhões de dólares (66 milhões de reais) já foram recebidos. O tremor do último sábado foi o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região em uma década desde 2005, quando outro terremoto deixou mais de 84.000 mortos na Caxemira.

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    Himalaia – Um grupo profissional de montanhistas iniciou nesta sexta uma missão de emergência para ajudar os sherpas, os guias locais da cordilheira do Himalaia, afetados pelo terremoto. A equipe, dirigida pelo neozelandês Mal Haskins, inclui quinze médicos e paramédicos com o objetivo de atender as necessidades das vítimas até que as ajudas do governo e internacional cheguem às regiões mais remotas.

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    Haskins disse que muitas aldeias sherpas ficaram totalmente destruídas no Vale de Langtang, 64 quilômetros ao norte de Katmandu. O local foi atingido por uma grande avalanche provocada pelo terremoto, que não só derrubou casas e edifícios, mas também mudou a paisagem da região. “Todas as grandes organizações de ajuda são como um avião jumbo. Muito lentos ao princípio, mas quando começam são muito difíceis de parar. Aqui estamos ainda na fase inicial mais demorada”, afirmou o neozelandês.

    (Da redação)

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