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Mudanças climáticas afetam luta contra aids, tuberculose e malária

Um novo relatório do Fundo Global para o combate das doenças traz pessimismo acerca do objetivo de erradicar essas infecções até 2030

Por Da Redação
Atualizado em 18 set 2023, 15h56 - Publicado em 18 set 2023, 13h38
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  • SANTA MONICA, CALIFORNIA - APRIL 28: Peter Sands, Executive Director, The Global Fund to Fight AIDS Tuberculosis and Malaria speaks at the The Global Fund reception, Los Angeles at Chernin Residence on April 28, 2023 in Santa Monica, California. (Photo by Rodin Eckenroth/Getty Images for The Global Fund)
    Peter Sands, diretor-executivo do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, fala na recepção do Fundo Global, em Los Angeles, na Residência Chernin. 28/04/2023 - (Rodin Eckenroth/Getty Images)

    Um relatório do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária divulgado nesta segunda-feira, 18, revelou que as mudanças climáticas estão prejudicando a luta contra três das doenças infecciosas mais mortais do mundo. Segundo Peter Sands, diretor-executivo da organização, o aquecimento global e eventos extremos estão sobrecarregando sistemas de saúde e espalhando as doenças para lugares inéditos.

    O relatório com os resultados de 2023 do Fundo Global informou que iniciativas internacionais para combater as doenças se recuperaram quase totalmente, depois de terem sido gravemente afetadas pela pandemia de Covid-19. Porém, os desafios criados pelas alterações climáticas provavelmente impedirão o cumprimento do objetivo da organização – erradicar a aids, a tuberculose e a malária até 2030.

    Eventos climáticos extremos, como inundações, estão sobrecarregando os serviços de saúde, deslocando milhões de pessoas, causando surtos infecciosos e interrompendo tratamentos médicos ao redor do globo. Em países como o Sudão, a Ucrânia, o Afeganistão e Mianmar, conseguir chegar às comunidades vulneráveis também tem sido um enorme desafio em meio a conflitos.

    + ONU: 333 milhões de crianças vivem em situação de pobreza extrema

    Além disso, devido ao aquecimento global, a malária está se alastrando para regiões montanhosas da África, em lugares onde antes era frio demais para a sobrevivência do mosquito que transporta o parasita causador da doença.

    Para atingir o objetivo de erradicação, de acordo com Sands, seriam necessárias “medidas extraordinárias”. Porém, ele acrescentou que ferramentas inovadoras de prevenção e diagnóstico também proporcionam esperança.

    Em 2022, 6,7 milhões de pessoas foram tratadas contra a tuberculose nos países onde o Fundo Global investe, o que representa 1,4 milhão de pessoas a mais do que no ano anterior. A organização também ajudou a fornecer terapia antirretroviral para o HIV para 24,5 milhões de pessoas e distribuiu 220 milhões de mosquiteiros ao redor do mundo.

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    + Cinco milhões de pessoas foram deslocadas pela guerra civil no Sudão

    O Fundo Global tem enfrentado críticas de alguns especialistas por não direcionar uma parcela maior do seu orçamento ao combate à tuberculose, uma vez que ela é a mais fatal das doenças em que o órgão se concentra. Nesta semana, também espera-se maior atenção na luta contra infecções durante a Assembleia Geral da ONU.

    “Não há dúvida de que o mundo precisa de dedicar mais recursos ao combate à tuberculose. Mas a conta não é tão simples: não é só comparar as mortes anuais causadas por cada doença”, disse Sands, esclarecendo que muitos países que sofrem com tuberculose já têm capacidade para financiar serviços de saúde sem auxílio do Fundo Global.

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