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Movimento estudantil chileno perde força após quatro meses de protestos

Após quatro meses de protestos que conseguiram mobilizar a sociedade chilena e instalar o debate sobre a educação pública, o movimento estudantil parece perder força, à espera de uma resposta do governo sobre se aceita suas exigências para estabelecer uma mesa de diálogo. Uma nova marcha convocada para esta quarta-feira no centro de Santiago reuniu […]

Por Por Paulina Abramovich
14 set 2011, 21h28
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  • Após quatro meses de protestos que conseguiram mobilizar a sociedade chilena e instalar o debate sobre a educação pública, o movimento estudantil parece perder força, à espera de uma resposta do governo sobre se aceita suas exigências para estabelecer uma mesa de diálogo.

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    Uma nova marcha convocada para esta quarta-feira no centro de Santiago reuniu cerca de 10.000 manifestantes, de acordo com a polícia, e 20.000 segundo os organizadores, números abaixo das convocações anteriores, que beiraram os 100.000, as maiores das últimas décadas.

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    A manifestação foi convocada na véspera pela Confederação de Estudantes do CHile (Confech) e avançou de forma pacífica pela Avenida Alameda, no centro de Santiago, desviando-se para o sul antes de chegar ao palácio presidencial de La Moneda.

    Menos famílias participaram da marcha, e também houve um número menor de apresentações artísticas em relação às manifestações anteriores, constatou a AFP.

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    No entanto, assim como nos outros protestos, foram registrados confrontos entre estudantes e policiais, que recorreram a jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo para dissolver o protesto após o fim do horário autorizado.

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    A prefeita de Santiago, Cecilia Pérez, destacou o caráter “pacífico” da marcha, que teve um saldo de 10 presos por incidentes menores, e chamou os estudantes a “trocar as ruas pela via institucional”.

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    “O protesto de hoje (quarta-feira) é basicamente para dizer que continuamos presentes, que as demandas não mudaram e que não há resposta”, afirmou o líder estudantil Cristóbal Lagos.

    Na semana passada, outra marcha conseguiu reunir alguns estudantes em Santiago e outras cidades do Chile, em meio a um estado de comoção nacional pelo acidente aéreo de 2 de setembro no qual 21 pessoas morreram, entre elas a principal figura da TV local, o apresentador Felipe Camiroaga, cujo funeral ocorreu na terça-feira.

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    A tragédia levou os líderes estudantis a inicialmente suspender a manifestação, mas logo tomaram uma postura mais radical e se manteve a mobilização, apesar do luto oficial.

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    A aproximação das festas nacionais chilenas – que serão comemoradas domingo e segunda-feira – somada a um desgaste natural após quatro meses de protestos, estariam tirando força do movimento que já assume ter sido um êxito ter instalado a educação no centro do debate público, detonando outras exigências de mudanças na sociedade chilena.

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    A manifestação foi realizada em um momento em que os estudantes esperam uma resposta do governo sobre suas exigências para estabelecer uma mesa de diálogo, sobre a qual não há data fechada.

    As exigências são suspender a tramitação de projetos sobre educação enviados recentemente ao Congresso, a transmissão televisiva do diálogo, adiar o prazo para encerrar o primeiro semestre acadêmico – que vence em 7 de outubro – e congelar a entrega de fundos fiscais a universidades privadas para 2012.

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