Pelo menos 29 pessoas morreram nesta sexta-feira, 24, e outras 19 ficaram feridas em um motim carcerário no estado de Portuguesa, no centro da Venezuela. A rebelião se deu nas celas do Comando Geral da Polícia em Acarigua, distrito do município Páez.
Nenhuma autoridade ofereceu publicamente mais detalhes sobre o caso. O Observatório Venezuelano de Prisões (OVP), uma organização não governamental que defende os direitos dos detentos, responsabilizou Ministério de Serviços Penitenciários pela rebelião.
Criada em 2011 pelo governo de Hugo Chávez, a pasta tem a missão de atender aos problemas do setor e é liderado por Iris Valera.
Em sua conta no Twitter, o OVP denunciou um “massacre” no local e informou que todos os mortos eram prisioneiros.
Em março de 2018, aconteceu um dos motins mais graves da Venezuela dos últimos 25 anos. Confrontos entre detentos no centro de reclusão da Polícia Estadual de Carabobo resultaram em um incêndio, no qual 68 pessoas morreram.
Cerca de uma dezena de conflitos carcerários deixaram dezenas de mortos no país na última década, quando se iniciou a pior crise econômica da história da Venezuela.
O OVP denuncia a aglomeração dos centros de reclusão da Venezuela. Afirma que os centros penitenciários sob o controle do governo venezuelano têm capacidade para acolher 35.562 presidiários, mas a população carcerária é de 54.738.
A informação do OVP, no entanto, não coincide com os dados oficiais do Ministério Penitenciário, que assegura haver no país população carcerária de 54.116 detentos e capacidade de ocupação de 82.736.
(Com EFE)