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Moscou acusa Ucrânia por ataque com helicóptero dentro de território russo

Chanceler ucraniano diz não poder confirmar ou negar o que seria primeira operação em solo russo desde início da guerra

Por Caio Saad Atualizado em 1 abr 2022, 09h57 - Publicado em 1 abr 2022, 08h39

A Rússia acusou o governo da Ucrânia nesta sexta-feira, 1, pelo envio de helicópteros de ataque para o lado russo da fronteira, no que seria, se confirmada, a primeira operação em solo russo desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, ainda não é possível confirmar ou negar envolvimento de Kiev no ataque, que incendiou um depósito de combustíveis na cidade russa de Belgorod, porque ele não tem acesso completo a todas as informações militares.

Pouco depois, o porta-voz da Defesa ucraniana, Oleksandr Motuzyanyk, disse que não iria “confirmar ou negar estas afirmações”, e que Kiev “está atualmente conduzindo uma operação defensiva contra a agressão russa no território da Ucrânia, e isto não significa que a Ucrânia seja responsável por todas as catástrofes em território russo”.

Segundo o governador da região fronteiriça de Belgorod, dois helicópteros Mi-24 ucranianos cruzaram a fronteira em baixa altitude e então dispararam foguetes contra a instalação, a cerca de 40 quilômetros da divisão entre os países. A cidade fica perto da região ucraniana de Kharkiv, e foi usada como ponto de preparação das forças russas antes do início da guerra.

“O incêndio no depósito de combustível ocorreu como resultado de um ataque aéreo feito por dois helicópteros das Forças Armadas da Ucrânia, que entraram em território da Rússia em baixa altitude”, disse o governador Vyacheslav Gladkov. “Não há vítimas”.

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Vídeos publicados nesta sexta-feira nas redes sociais mostram o que parece ser um ataque de helicóptero usando mísseis ar-terra e então um grande incêndio no que seria Belgorod, com chamas e fumaça chegando a dezenas de metros de altura.

A instalação ainda estava em chamas na manhã desta sexta-feira, horário de Brasília, e dezenas de bombeiros foram enviados ao local para tentar controlar a situação.

Em resposta aos relatos do incêndio, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ressaltou que, caso haja confirmação, o incidente teria um possível impacto negativo nas negociações entre Kiev e Moscou.

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“Claro, isto não é algo que pode ser visto como a criação de condições confortáveis para continuar negociações”, afirmou.

Na terça-feira, 29, em Istambul, representantes russos e ucranianos se encontraram para mais uma rodada de conversas de paz. Negociadores ucranianos propuseram a neutralidade militar, um dos objetivos centrais da Rússia no conflito, em troca de garantias externas de segurança. Kiev também aceitou discutir em 15 anos a situação da Crimeia, região anexada por Moscou em 2014.

As exigências de Moscou para encerrar a invasão ao país vizinho, que teve início em 24 de fevereiro, foram explicitadas recentemente quando o porta-voz Dmitry Peskov listou as condições para que a Rússia interrompa suas operações militaresna Ucrânia. Em entrevista à agência Reuters, Peskov disse que o Kremlin exige que Kiev encerre sua ação militar, mude sua Constituição para a neutralidade, de modo que o país garanta que jamais irá fazer parte da Otan ou da União Europeia, e reconheça a independência das regiões de Donetsk e Luhansk, além de enxergar a Crimeia como um território russo.

Antes da reunião desta terça-feira em Istambul, as partes se reuniram de forma presencial em três ocasiões — 28 de fevereiro, 3 de março e 7 de março —, em Belarus. No último dia 10, em Antalya, também na Turquia, houve encontro entre os ministros das Relações Exteriores russo e ucraniano.

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