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Morre o aiatolá Mohammed Hussein Fadlallah

Ele era o guia espiritual do grupo xiita Hezbollah, no Líbano

Por Da Redação
4 jul 2010, 13h47

O aiatolá Mohammed Hussein Fadlallah, a mais alta autoridade religiosa xiita do Líbano, morreu neste domingo, aos 75 anos, em um hospital de Beirute, após ficar doente por um longo período. Do lado de fora do hospital e na mesquita Al-Hassanayn, no subúrbio de Haret Hreik, bandeiras pretas foram penduradas em sinal de luto. Milhares de seguidores choraram a sua morte.

Por muito tempo, o aiatolá sofreu de diabetes e pressão alta. Ele estava internado havia duas semanas e o seu estado de saúde piorou na sexta-feira, quando complicações no fígado provocaram hemorragia interna. Um dos médicos, Hashem Noureddine, disse que o religioso havia morrido de sangramento no estômago. “Este é um dia sombrio”, afirmou o funcionário público Mahmoud Malak. “Eu acho que ninguém será capaz de preencher o vazio que ele deixará.”

Em comunicado, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, afirmou que com a morte de Fadlallah, “o Líbano perde uma eminente autoridade nacional e espiritual que contribuiu para consolidar os valores do direito e da justiça”.

Biografia- Fadlallah, conhecido por sua firme postura antiamericana, contribuiu com a ascensão da comunidade xiita no Líbano nas últimas décadas. Ele foi um dos fundadores do Partido Dawa, ao qual pertence o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Malik, e teria sido seu guia religioso até o último dia de vida.

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Nascido no Iraque, em 1935, Fadlallah viveu na cidade xiita de Najaf até completar 30 anos. Mais tarde, se mudou para o Líbano, onde começou a lecionar religião e incitou os xiitas – que hoje representam um terço da população libanesa de quatro milhões de pessoas – a lutar por seus direitos nas décadas de 70 e 80.

O aiatolá foi tido, neste período, como líder espiritual do Hezbollah, afirmação que foi negada por ele e pelo grupo militante. Durante a guerra civil libanesa (1975-1990), o religioso também foi associado aos rebeldes xiitas que sequestraram norte-americanos e outros ocidentais e bombardearam a embaixada dos Estados Unidos, matando mais de 260 pessoas.

(Com Agência Estado)

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