Roma, 13 nov (EFE).- O economista e ex-comissário europeu Mario Monti, de 68 anos, foi convocado na tarde deste domingo para ir ao palácio Quirinale, sede da Presidência da Itália, onde o chefe de Estado, Giorgio Napolitano, lhe dará presumivelmente a tarefa de formar um novo governo.
Monti foi chamado logo após Napolitano concluir as consultas aos partidos com representação parlamentar, aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados e aos ex-presidentes italianos, para buscar uma saída para a crise de governo aberta após a renúncia de Silvio Berlusconi.
A lei italiana estabelece que o encarregado de formar o governo aceite a missão ‘com reservas’, e que compareça perante o chefe de Estado para retirar essa ‘reserva’ assim que tiver garantido os apoios parlamentares necessários.
Tudo dá a entender que, devido à imensa maioria dos partidos com representação parlamentar o apoiam, Monti aceitará já nas próximas horas a incumbência, e entregue uma lista com os nomes dos novos ministros.
O juramento do cargo do chefe do Governo e de seus ministros pode acontecer já na segunda-feira, e nos dois dias seguintes o gabinete se submeteria a um voto de confiança no Senado e na Câmara dos Deputados.
Durante as consultas de hoje de Napolitano, todos os partidos – exceto a Liga Norte, aliada do partido de Sílvio Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL) – manifestaram apoio à escolha de Monti como novo primeiro-ministro.
Até mesmo o PDL expôs a Napolitano sua disposição de apoiar no Parlamento um governo ‘tecnocrata de transição’ liderado pelo economista.
O secretário-geral do PDL, Angelino Alfano, manifestou sua preferência de que o novo gabinete seja formado exclusivamente por técnicos. EFE