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Montevidéu é primeira capital da América Latina a reabrir teatros

Retomada de espetáculos segue regras sanitárias rígidas para evitar a propagação da Covid-19

Por Da Redação
Atualizado em 7 ago 2020, 15h05 - Publicado em 7 ago 2020, 14h43

A cidade de Montevidéu, no Uruguai, se tornou na quinta-feira 6 a primeira capital da América Latina a reabrir suas grandes salas de teatro. A reabertura foi no Auditório Nacional Adela Reta com uma apresentação do coral nacional. As regras impostas pelo governo autorizam apenas que o público fosse de até 400 pessoas, o que não foi o problema, uma vez que os ingressos rapidamente se esgotaram.

“Há um grande interesse em voltar, as pessoas estão ansiosas para sair e passar do contato digital para o presencial”, comentou José Miguel Onaindia, diretor artístico do auditório.

Entusiasmada, a bióloga Helena Winterhalter, uma das primeiras a chegar ao auditório na noite de reabertura, celebrou: “Estou muito feliz que tenham reaberto, já era hora”.

Os teatros, museus, galerias de arte e salas de cinema do Uruguai foram autorizados a reabrir na segunda-feira 3, depois que o governo aprovou um protocolo de segurança sanitária.

Com máscara, distanciamento físico, controle de temperatura e álcool em gel, dezenas de pessoas compareceram ao principal auditório do país, localizado no centro da cidade para assistir à apresentação do coral. A noite de gala marcou o retorno dos espetáculos com plateia em uma das salas mais importantes do país, que, devido aos protocolos de segurança, viu seu público habitual cair de 1.800 espectadores para 411.

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Todos os presentes, inclusive os casais, tiveram que manter duas cadeiras vazias entre si. Também só foram liberadas as fileiras pares, com uma distância de cinco metros entre o palco e a primeira fila ocupada. O protocolo reduziu o corpo de 75 cantores para 20 vozes, que se revezaram nas diferentes funções, com uma lâmina de acrílico na frente de cada um e mantendo uma distância de dois metros dos demais companheiros.

Apesar das restrições, nada apagou a alegria do retorno.

“O Uruguai é pioneiro em toda a América na volta aos palcos”, assinalou o diretor do coral, Esteban Louise, ao apresentar o programa da noite, que incluiu desde músicas dos Beatles até Johan Sebastian Bach, passando por tangos de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera.

Para muitos, desta vez pouco importava quem iria se apresentar. “Teria vindo da mesma forma”, afirmou Helena Winterhalter.

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O aposentado Juan Carlos Ado, que compareceu com a esposa, concordou: “Praticamente viria assistir ao que fosse. Como estava tão feliz com a reabertura, isso não importava.”

O Uruguai, elogiado por seu sucesso no controle da pandemia sem impor uma quarentena obrigatória, retomou a maioria de suas atividades, incluindo as aulas presenciais em todos os níveis. O país, de 3,4 milhões de habitantes, registra 1.318 casos e 37 mortos pela Covid-19.

 

(Com AFP)

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