Um “modelo econômico” que busca prever o resultado das eleições presidenciais americanas sugere que Mitt Romney tem uma chance um pouco maior do que a do presidente Barack Obama de ganhar a corrida à Casa Branca. O modelo foi criado por Ray Fair, da Universidade de Yale, e tenta mostrar a influência da economia sobre o resultado eleitoral.
Segundo reporta a publicação The Wall Street Journal, Fair analisou os dados econômicos de cada ano eleitoral desde 1916, e o modelo desenvolvido por ele acertou quase todos os nomes dos presidentes eleitos nesse período, com exceção de dois: John Kennedy, que venceu Richard Nixon em 1960, e Bill Clinton, que superou George H. W. Bush em 1992.
Leia também:
Leia também: Em nova pesquisa, Romney aparece um ponto à frente
Com o relatório trimestral divulgado nesta sexta-feira sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, as três variáveis econômicas que Fair acredita serem as melhores para analisar as chances dos candidatos estão completas.
A primeira delas é a taxa de crescimento per capita do PIB nos três trimestres antes das eleições – nesse período, o crescimento anual foi de 1,01%. A segunda variável se refere à inflação ao longo de todo o período presidencial – nesse período, a taxa anual foi de 1,58%. A última variável é relativa ao número de trimestres durante o mandato presidencial em que o crescimento do PIB per capita ultrapassou 3,2% – houve apenas um, no quarto trimestre do ano passado, quando o PIB per capita cresceu 3,3%.
O economista acredita que as duas medidas de crescimento são as mais confiáveis entre várias testadas. No caso da inflação, seu argumento é que a população prefere a estabilidade de preços.
Ligando os pontos, o modelo de Fair mostra que Obama deve receber 49% do total de votos. A boa notícia para o presidente é que há espaço de manobra suficiente para que ele consiga sair por cima na disputa – a margem de erro no modelo de Fair é de 2,5 pontos percentuais. Uma eventual vitória de Obama seria explicada pelo fato de que a percepção das pessoas sobre a economia não condiz exatamente com os números do PIB – de fato, os ganhos do mercado de trabalho neste ano sugerem que a economia cresceu um pouco mais rapidamente do que os dados do PIB mostram agora.