Os chefes militares da insurreição síria decidiram neste sábado unificar suas linhas de atuação antes de uma reunião da oposição política, que buscará também consolidar a unidade contra o regime, que persiste em seu bombardeio contra focos rebeldes.
O coronel Riad Asaad, chefe do Exército Sírio Livre (ESL), formado por militares desertores, anunciou à AFP a criação de um Conselho militar que aglutina suas forças e as do general Mustafa al-Sheij, um dos oficiais dissidentes de mais alto posto.
Da Turquia, o coronel afirmou que este Conselho “é uma etapa para garantir a unidade das tropas e as forças armadas (da oposição) em solo sírio”.
O general Mustafa al-Sheij presidirá o Conselho militar, que estará sob as ordens do coronel Asaad, “encarregado das operações militares, os batalhões e todos os conselhos militares das cidades, que devem ficar sob sua autoridade”, segundo Jaled Ali, que é próximo ao general al-Sheij.
O anúncio foi feito antes de uma reunião das correntes políticas da oposição na segunda e terça-feira em Istambul.
A oposição, fragmentada, tenta formar uma frente unida contra o regime, que não comprometa seu empenho em reprimir uma revolta popular iniciada há um ano e cada vez mais militarizada.
Mohamed al-Sarmini, membro do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão opositora, convidou para a reunião de Istambul os componentes e personalidades hostis ao regime sírio.
Em um comunicado, o CNS afirmou que o objetivo da reunião é elaborar um “pacto nacional por uma nova Síria”, que reúna “os objetivos comuns da oposição para por fim à ditadura do regime e para alcançar o objetivo final de estabelecer um Estado civil e democrático, pluralista”.