Milhares de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestaram nesta sexta-feira em frente à embaixada do Brasil em Buenos Aires para protestar contra a ordem de detenção ditada pelo juiz Sérgio Moro.
Em paralelo à tensão no Brasil pelo fim do prazo que Moro tinha dado ao ex-presidente para entregar-se às autoridades, setores da oposição como o kirchnerismo, com o ex-chanceler Jorge Taiana entre eles, a esquerda e o sindicalismo tornaram pública sua rejeição às medidas judiciais que pesam sobre Lula.
Além disso, o bloco de deputados da legenda kirchnerista Frente para a Vitória registrou uma solicitação para que o Congresso argentino vote seu “categórico repúdio” ao que consideram uma “tentativa de proscrição” da candidatura presidencial de Lula, segundo informou a agência estatal Télam.
Os parlamentares kirchneristas também anunciaram que pedirão ao ministro de Relações Exteriores argentino, Jorge Faurie, que convoque “de maneira urgente” o Conselho de Chefes de Estado e de Governo da Unasul para “analisar a situação de tensão institucional e comoção social que vive o Brasil perante a possibilidade de encarceramento do ex-presidente”.
Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, já havia se pronunciado de forma favorável a Lula. Disse que “as elites nunca se interessaram” por justiça ou democracia, além de utilizar o “aparato judicial” em interesse próprio.