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Mikhail Prokhorov, um magnata russo com os olhos voltados para o Kremlin

O magnata russo Mikhail Prokhorov, que fez fortuna nos caóticos anos 1990 e se lançou à política há apenas alguns meses, se apresenta nas eleições presidenciais do domingo 4 de março como o candidato de uma nova geração disposta a modernizar a Rússia. Prokhorov, de 46 anos, um homem robusto de mais de dois metros […]

Por John Macdougall
2 mar 2012, 14h08
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  • O magnata russo Mikhail Prokhorov, que fez fortuna nos caóticos anos 1990 e se lançou à política há apenas alguns meses, se apresenta nas eleições presidenciais do domingo 4 de março como o candidato de uma nova geração disposta a modernizar a Rússia.

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    Prokhorov, de 46 anos, um homem robusto de mais de dois metros de altura, adepto do kick-boxing e surfista entusiasta, figura entre os 50 homens de negócios mais ricos do mundo, com uma fortuna calculada em 18 milhões de dólares, de acordo com a revista americana Forbes.

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    Seu sucesso não o predispunha a se lançar à política, sobretudo em um país em que os empresários aprenderam a não enfrentar Vladimir Putin para não sofrer o destino de Mikhail Jodorkosvski, ex-magnata do petróleo preso desde 2003.

    Entretanto, Mikhail Prokhorov deu seus primeiros passos na política com o aval do poder, quando em junho de 2011 assumiu a direção do pequeno partido de direita Pravoe Delo (Causa Justa, em russo).

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    Mas, poucos meses depois, Prokhorov foi destituído por se mostrar muito independente em relação ao Kremlin, segundo observadores.

    Esse contratempo não o impediu de voltar à ativa depois das legislativas de dezembro.

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    Mikhail Prokhrov anunciou sua candidatura presidencial pouco depois do início da onda de manifestações que questionavam a vitória do partido no poder Rússia Unida, classificada como fraudulenta pela oposição e pelos observadores.

    Mesmo quando afirma compartilhar ideias com a oposição liberal, seus verdadeiros motivos provocam debates e muitos veem nessa decisão uma manobra do poder para dar à campanha eleitoral uma imagem democrática e neutralizar os opositores mais tradicionais.

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    Para Nikolai Petrov, da sucursal russa do Centro Carnegie, “Prokhorov depende completamente de Putin”.

    É certo que o magnata evita criticar abertamente o homem forte russo e inclusive reconheceu que aceitaria ser primeiro-ministro de Vladimir Putin.

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    Conta com poucas intenções de voto a seu favor, embora essas tenham aumentado muito nas últimas semanas, principalmente nas grandes cidades.

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    Prokhorov, um homem de imagem séria e moderna, nascido em 3 de maio de 1965 em Moscou, deve, de qualquer maneira, enfrentar a desconfiança dos russos frente aos “oligarcas” que enriqueceram aproveitando o caos que se instaurou com o desmantelamento da União Soviética.

    Estudou no prestigiado Instituto de Finanças de Moscou e, em 1993, assumiu a direção do Onexim-Bank, onde permaneceu até 2000, quando passou a ser o presidente e um dos principais acionistas do Norilsk Nickel, empresa privatizada em circunstâncias controversas.

    Em janeiro de 2007, foi detido pela polícia francesa em uma investigação a uma rede de prostituição, de que saiu sem quaisquer ônus.

    No fim do mesmo ano, deixou o Norilsk Nickel e diversificou seu império que se expandiu desde então à indústria de mineração e às novas tecnologias, passando pelos meios de comunicação e bancos.

    Em 2010, adquiriu o clube nova-iorquino de basquete New Jersey Nets, e lançou o projeto de um carro híbrido russo, o E-Mobile.

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    Pouco tempo atrás, o magnata prometeu que, se eleito, doaria quase toda sua fortuna para obras de caridade.

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