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Medellín destrói antiga casa de Pablo Escobar para inibir ‘narcotours’

Autoridades da cidade lutam para desmistificar a figura do narcotraficante

Por Da Redação
Atualizado em 11 jul 2023, 18h08 - Publicado em 11 jul 2023, 15h22
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  • Roberto Escobar looking at the photo of his brother at the entrance to the Pablo Escobar house museum (Photo by: VWPics/Universal Images Group via Getty Images)
    Roberto Escobar olha foto do irmão na entrada da casa-museu Pablo Escobar. - (VWPics/Universal Images Group/Getty Images)

    A prefeitura da cidade de Medellín, na Colômbia, ordenou a demolição da Casa-Museu de Pablo Escobar, na tentativa de impedir “narcotours”, visitas turísticas pelas casas onde o líder de cartel viveu, e reduzir o culto em torno de sua figura.

    Na manhã de segunda-feira 10, 50 funcionários com escavadeiras chegaram ao local para destruir a construção, mas descobriram que Roberto, o irmão mais velho de Pablo, havia chegado antes deles. Sobrou apenas um cofre no local, antes de virar um terreno baldio.

    Um juiz ordenou a demolição da casa porque ela não tinha licença municipal para um prédio de dois andares. Porém, é de conhecimento geral que o objetivo das autoridades não é uma questão urbana, mas de enfraquecer o mito ao redor de Pablo Escobar.

    A casa-museu ficava em Loma del Indio, no bairro Poblado de Medellín. No portão, ficava uma fotografia do avião com o qual Escobar transportou seu primeiro carregamento de cocaína, e no interior estavam diversos itens da história do narcotraficante mais famoso do mundo, como um retrato seu com Vito Corleone, o chapéu que usou durante uma visita a Moscou, uma escrivaninha com mecanismos para esconder armas e uma nota gigante de US 500 – uma glorificação do dinheiro.

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    Autoridades colombianas há muito tentam combater a romantização do narcotráfico. Segundo analistas, o irmão de Escobar, Roberto, distorcia a história do cartel de Medellín durante as visitas guiadas, contribuindo para perpetuar a mitologia em torno do líder da organização.

    A Administração de Fiscalização de Drogas (DEA) dos Estados Unidos diz que Roberto era o número 2 do cartel de Medellín, o grupo de narcotraficantes que inundou o território americano com cocaína e, depois, quando o governo colombiano quis extraditar seus integrantes, entrou em guerra com as autoridades.

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    Roberto trabalhava como contador – pesando as notas em uma balança ao invés de contá-las –, mas não teve o mesmo o fim do irmão, porque se entregou para a polícia. Porém, não saiu ileso. Durante uma de suas passagens pela prisão, recebeu uma carta-bomba que, ao explodir em sua cela, prejudicou sua visão.

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    A história contada por Roberto aos visitantes do museu omitia os verdadeiros horrores de seu irmão, responsável por um atentado em Bogotá em que 25 pessoas morreram e pela explosão de um avião em pleno voo com mais de 100 passageiros a bordo. Com a demolição do museu, o Estado espera que parte do mito de Escobar seja extinta. Críticos, contudo, dizem que apagar o passado não provocará mudanças concretas.

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