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ONG brasileira lança espaço de acolhimento para pessoas LGBT+ na Colômbia

Iniciativa tem objetivo de dar suporte para refugiados venezuelanos, que fugiram em massa para território colombiano

Por Mafe Firpo
Atualizado em 20 jun 2023, 16h29 - Publicado em 20 jun 2023, 16h28

A organização não governamental brasileira Planeta de TODOS anunciou nesta terça-feira, 20, a abertura da “Casa Feliz” em Bogotá, na Colômbia, um espaço de acolhimento para venezuelanos, vítimas de conflito armado dentro do país e membros da comunidade LGBTQIA +.

Com sete anos de experiência em ações voluntárias e projetos de integração social em países que recebem milhares de imigrantes anualmente na Europa, principalmente na Grécia, a instituição vai oferecer, além de abrigo na capital colombiana, capacitação profissional e educacional. 

A ação lançada no Dia Mundial do Refugiado, data criada pelas Nações Unidas, surgiu em resposta à crescente crise migratória na região e à necessidade de proteger e promover os direitos humanos de indivíduos em situação de extrema vulnerabilidade, informou o Diretor da ONG, André Naddeo.

De acordo com ele, a organização já pretendia abrir uma casa na Colômbia há mais de um ano, quando os membros da instituição entenderam que a presença de venezuelanos vulneráveis e integrantes da comunidade LGBTQIA +, inclusive colombianos, aumentou. 

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“Na ‘Casa Feliz’, oferecemos a essas pessoas abrigo, alimento, capacitações profissionais, aulas de idiomas, em língua inglesa e portuguesa, e oportunidades de empregabilidade junto à nossa empresa mantenedora que está em expansão no país, o Cartão de TODOS”, destacou Naddeo.

Desde 2013, quando a Venezuela estava no auge da crise econômica, política e social devido à queda nos preços do petróleo, causando hiperinflação e falta de alimentos, a Colômbia tornou-se um destino comum para fugir da crise. Atualmente, de acordo com o Museu da Imigração, 1,8 milhão de venezuelanos se mudaram para o país vizinho.

O fluxo tornou a Colômbia a nação que mais recebe refugiados no planeta. 

Para acolher todos os recém-chegados, a ONG mantém parcerias com instituições de apoio colombianas, que realizam uma triagem dos candidatos para integrar o projeto e os encaminham para a Casa Feliz. Ao passarem pela primeira etapa, os beneficiários têm acesso ao abrigo e suas capacitações, além de apoio em diferentes esferas da comunidade e acesso facilitado ao mercado de trabalho colombiano.

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O objetivo da instituição é inserir quem busca auxílio na sociedade de forma segura, para que as pessoas se tornem autossuficientes. 

Segundo a Agência das Nações Unidos para Refugiados (ACNUR), a população da Venezuela continua fugindo de perseguições, conflitos e guerra. No entanto, integrantes da comunidade LGBTQIA+ enfrentam riscos adicionais. 

“Relações entre pessoas do mesmo sexo são criminalizadas em mais de 70 países, com punição de morte em alguns deles”, explicou o órgão em seu site. “Esse tipo de perseguição pode permitir que as vítimas se qualifiquem para o status de refugiado, mas a triste verdade é que as pessoas LGBTQIA+ às vezes enfrentam ameaças semelhantes no país onde buscam refúgio”, acrescentou.

Os membros da Planeta de TODOS identificaram as características descritas pela ACNUR sobre os refugiados na Colômbia, o que motivou a criação da casa no país. Segundo a instituição, a abertura do local foi um marco importante pelos direitos humanos e inclusão da comunidade LGBTQIA+ na América Latina. 

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“Os venezuelanos que vinham para a Colômbia tinham a ideia de poder serem um pouco mais livres, mas, na verdade, eles ficavam num limbo. E muitos dos colombianos que são LGBTQIA+ acabam na mesma situação, sendo inclusive perseguidos por grupos paramilitares no país”, explicou Naddeo.

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