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Londres tem marcha pró-Palestina e países pedem fim de ataque a civis

100 mil pessoas demonstraram apoio aos palestinos na capital inglesa e representantes de diversas nações discursaram na Cúpula da Paz no Egito

Por Redação
Atualizado em 21 out 2023, 13h55 - Publicado em 21 out 2023, 13h27

Cerca de 100.000 pessoas se reuniram em Londres nesse sábado, 21, em uma marcha em apoio à Palestina. Agitando a bandeira palestina, os manifestantes pediram o fim do bloqueio de Israel a Gaza e um cessar-fogo imediato no território, que vem sendo intensamente bombardeado por Israel há duas semanas, em resposta a ataques do Hamas que mataram 1.400 pessoas desde o dia 7 de outubro.

Segundo a agência Reuters, a polícia alertou antes da marcha que manifestações a favor do Hamas, considerado uma organização terrorista pelo Reino Unido, seriam punidas com prisão. A marcha, no entanto, seguiu de maneira pacífica, e nenhuma prisão foi reportada até o momento. Manifestações a favor da palestina também aconteceram em diversas cidades da Austrália e em Dublin, na Irlanda.

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Polícia inglesa estima que 100 mil pessoas tenham participado de manifestação nesse sábado (Wiktor Szymanowicz/Anadolu/Getty Images)

Em um discurso na Cúpula da Paz em Cairo neste sábado, o secretário de Relações Exteriores britânico James Cleverly declarou que Israel tem o direito de se defender e de garantir a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas, mas também pediu moderação. “Nós e eles [Israel] precisamos trabalhar para aliviar o sofrimento do povo palestino e para que as ações estejam em conformidade com a lei internacional”, disse Cleverly. “Apesar das circunstâncias extremamente difíceis, tenho pedido disciplina, profissionalismo e contenção por parte dos militares israelenses”, completou o britânico.

Segundo a atualização mais recente do Ministério da Saúde palestino, já são pelo menos 4.000 mortos e cerca de 14.000 feridos na Faixa de Gaza desde o início do conflito, entre eles cerca de 1.500 crianças. De acordo com a pasta, sete hospitais já foram desativados por impossibilidade de funcionamento e 37 médicos foram abatidos desde o início da guerra. No lado israelense, os números dão conta de 1.403 mortos, 5.000 feridos e em torno de 200 reféns.

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Em seu discurso na Cúpula da Paz, o rei Abdullah, da Jordânia, chamou o bloqueio total de Israel a Gaza e as investidas contra civis de crime de guerra e criticou a comunidade internacional. “Isso continua em meio ao silêncio da maioria das nações. A mensagem que ouvimos em alto e bom som no mundo árabe é que a vida dos palestinos é menos importante que a dos israelenses… as nossas vidas valem menos que a dos outros, a implementação do direito internacional é seletiva e os direitos humanos têm os seus limites ”, disse ele.

Já o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, pediu responsabilização para o Hamas e defendeu uma resolução pacífica do conflito com a criação de um Estado Palestino ao lado de Israel. “Sejamos honestos, o Hamas é uma organização terrorista que está infligindo um sofrimento indescritível tanto aos israelenses como aos palestinos. Eles deveriam ser responsabilizados”, disse ele, complementando em seguida: “O Hamas não é o povo palestino e não devemos confundir os dois. O povo palestino não merece isso.”

Representante do Brasil na Cúpula, o chanceler Mauro Vieira criticou a falta de disposição ao diálogo de atores na guerra travada entre Israel e Hamas e fez um apelo para que haja respeito às regras de direitos humanos internacionais de não se utilizar a população civil como alvo de ataques. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, também discursou no evento.

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