Em desafio ao governo de Bashar Assad, milhares de sírios foram nesta sexta-feira, 28, para as ruas da província de Idlib para exigir o fim do regime e a libertação de presos políticos. Último reduto da oposição ao regime, a região está sob ameaça de sofrer um ataque brutal das forças de Assad e da Rússia.
Os manifestantes gritavam que a revolução está longe de acabar, em uma referência à tentativa de derrubada do regime de Assad durante os movimentos da Primavera Árabe, de 2011. Também condenaram a presença das tropas do governo e da Rússia.
O porta-voz da aliança rebelde Frente Nacional para a Libertação da Síria, Naji Abu Huzaifa, afirmou ser essencial a libertação dos opositores presos desde 2011. “Não sabemos se eles morreram por causa das contínuas torturas ou se continuam vivos nas prisões. Fazemos este apelo para saber o destino destes presos e exigir a libertação deles.”
Os manifestantes pediram também à comunidade internacional a abertura de investigações sobre o paradeiro dos desaparecidos políticos e ações em favor da libertação dos detidos.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou que os protestos também ocorreram nas zonas sob o controle rebelde das províncias de Hama e Aleppo. A manifestação é a quinta realizada com essa reivindicação na região e a segunda desde que a Rússia e a Turquia decidiram criar uma zona desmilitarizada para separar tropas governamentais e rebeldes em Idlib.
De acordo com dados de grupos opositores, o regime de Assad é responsável pelo desaparecimento de mais de 150.000 pessoas.
(Com EFE)