O fundo das Nações Unidas para a infância, o UNICEF, afirmou em levantamento nesta semana que mais de 1.300 escolas foram totalmente destruídas em áreas controladas pelo governo na Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Os ataques persistentes significam que apenas cerca de um terço das crianças em idade escolar frequenta aulas totalmente presenciais e muitas delas esquecem o que já aprenderam.
“Dentro da Ucrânia, os ataques às escolas continuaram inabaláveis, deixando as crianças profundamente angustiadas e sem espaços seguros para aprender”, afirmou o UNICEF.
Algumas escolas foram atingidas diretamente e outras fecharam por precaução durante 18 meses de ataques com mísseis e artilharia contra áreas residenciais em todo o país. A invasão da Rússia seguiu às interrupções devido à pandemia de Covid, o que significa que algumas crianças ucranianas enfrentaram um quarto ano escolar consecutivo de interrupções.
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“Isto não só deixou as crianças da Ucrânia com dificuldades em progredir na sua educação, como também estão lutando para reter o que aprenderam quando as suas escolas estavam em pleno funcionamento”, afirmou Regina De Dominicis, diretora regional do UNICEF para a Europa e Ásia Central.
Mesmo fora da Ucrânia, as crianças que fugiram do conflito no país também enfrentam dificuldades na educação. Mais de metade das crianças cujas famílias fugiram do conflito para sete países não estão matriculadas no ensino nacional, afirmou o UNICEF, citando barreiras linguísticas e sistemas educativos sobrecarregados.
Cerca de metade dos professores ucranianos relataram uma deterioração nas capacidades dos alunos em termos de linguagem, leitura e matemática. Além disso, as crianças perderam a sensação de segurança e amizades que a escola pode proporcionar àqueles que enfrentam a guerra.