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Maior usina nuclear da Europa perde força na Ucrânia e está ‘vulnerável’

Segundo agência da ONU, essa é a sétima vez que a instalação ocupada por forças russas é afetada pelos combates na região

Por Da Redação Atualizado em 22 Maio 2023, 11h44 - Publicado em 22 Maio 2023, 11h44

A usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, passou horas operando com geradores a diesel de emergência nesta segunda-feira, 22. Essa é a sétima vez que o local perde o fornecimento de energia externa desde o início da invasão da Rússia ao país vizinho, em fevereiro do ano passado, de acordo com o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi.

“A situação de segurança nuclear na usina (é) extremamente vulnerável”, disse o chefe da agência das Nações Unidas.

Horas depois, a empresa de energia Ukrenergo disse no aplicativo de mensagens Telegram que havia restaurado a linha de energia que alimenta a usina. Porém, Grossi afirmou que o caso foi mais um lembrete do que está em jogo na usina ocupada pelos russos, que foi alvo de bombardeios nas proximidades.

“Devemos concordar em proteger a planta agora; esta situação não pode continuar”, disse Grossi, em seu último apelo para que a área seja poupada dos combates entre as forças ucranianas e russas.

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A Energoatom, empresa nuclear estatal da Ucrânia, culpou o bombardeio russo pela perda da última linha de transmissão de energia para a usina no sul da Ucrânia, a cerca de 500 quilômetros da capital Kiev. A instalação é uma das 10 maiores usinas atômicas do mundo.

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A instalação está “à beira de um acidente nuclear e de radiação”, alertou a Energoatom. Assim que a linha de energia foi restaurada, a Energoatom descreveu a situação como “estabilizada”.

Os seis reatores nucleares da usina, que são protegidos por um abrigo reforçado capaz de resistir a um projétil ou foguete errante, foram desligados. Entretanto, o risco é de que uma interrupção no fornecimento elétrico possa desabilitar os sistemas de refrigeração, essenciais para a segurança dos reatores, mesmo quando eles estão desligados. Os geradores a diesel de emergência, que segundo as autoridades podem manter a usina em operação por 10 dias, podem não ser confiáveis.

Os combates ao redor da usina alimentaram o temor de um desastre como o de Chernobyl, no norte da Ucrânia, em 1986. No caso, um reator explodiu e expeliu radiação mortal, contaminando uma vasta área na pior catástrofe nuclear do mundo.

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Na semana passada, a Energoatom disse que autoridades russas começaram o treinamento para uma retirada planejada da fábrica de 3.100 funcionários e suas famílias. Antes da guerra, o local empregava cerca de 11 mil funcionários e 6 mil ainda permanecem nos arredores da usina.

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Enquanto isso, o governador da região russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, disse que um grupo sabotador das Forças Armadas ucranianas entrou na cidade de Graivoron. Em um comunicado, Vyacheslav Gladkov disse que as forças russas “estão tomando as medidas necessárias para liquidar o inimigo”.

Em resposta, oficiais da inteligência militar ucraniana afirmaram que os “sabotadores” eram cidadãos russos que buscam uma mudança de regime em Moscou estavam por trás do ataque de Graivoron. O representante de inteligência da Ucrânia, Andrii Cherniak, disse que cidadãos russos pertencentes a grupos que se autodenominam Corpo de Voluntários Russos e Legião da “Liberdade da Rússia” estavam por trás do ataque.

A informação foi confirmada pelo Corpo de Voluntários Russos, que se descreve como “uma formação de voluntários lutando ao lado da Ucrânia”. O grupo foi fundado em agosto de 2022 e supostamente consiste principalmente de extremistas russos de extrema direita anti-Putin que têm ligações com grupos de extrema direita ucranianos.

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O gabinete presidencial da Ucrânia disse que pelo menos três civis ucranianos foram mortos e outros 16 ficaram feridos em ataques russos nas últimas 24 horas. A Força Aérea Ucraniana informou que quatro dos 16 mísseis russos e todos os 20 drones lançados contra alvos ucranianos foram abatidos.

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Autoridades afirmaram que alvos militares e infraestrutura pública na cidade de Dnipro foram os locais escolhidos para os ataques russos que feriram oito pessoas. Segundo o governador Serhii Lysak, o corpo de bombeiros do Dnipro foi afetado e 12 casas, lojas e um jardim de infância foram danificados.

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