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Magnata russo Boris Berezovski é encontrado morto em sua casa na Inglaterra

Aos 67 anos, empresário deixou uma fortuna de cerca de 700 milhões de dólares e seis filhos

Por Da Redação
23 mar 2013, 15h25

O magnata russo Boris Berezovski, de 67 anos, foi encontrado morto em sua casa na Inglaterra na tarde deste sábado. A morte foi anunciada pelo genro de Berezovski, Egor Schuppe, num post no Facebook, e confirmada por seu advogado, Alexander Dobrovinsky. Ainda não foi informada a causa da morte, mas alguns veículos de imprensa afirmam que Berezovski estava deprimido e pode ter se suicidado. O empresário sobreviveu a diversas tentativas de assassinato ao longo dos anos – entre elas um atentado a bomba que matou seu motorista.

No começo da década de 90, Berezovski, matemático por formação que começou a amealhar sua fortuna no setor de venda automotiva, se aproximou do stablishment político da Rússia – de Boris Yeltsin e Vladimir Putin, em especial. Ele apoiou Putin quando este ascendeu à presidência do país, em 1999. Mas o contato entre ambos azedou e o magnata se tornou um crítico acerbo do regime de Moscou. Em 2000, depois de romper com Putin, ele se mudou para a Inglaterra e recebeu asilo político três anos depois.

Em 1997, o patrimônio de Berezovski, então no auge de seus sucesso e influência, foi estimado pela revista Forbes em 3 bilhões de dólares. Ao longo da década seguinte, tornou-se difícil avaliar a extensão de sua riqueza, calcada em uma rede pouco transparente de negócios. Um estimativa de 2012 falava em 700 milhões de dólares. Na lista de 2013, o empresário já não estava entre os mais ricos devido ao colapso de muitos de seus investimentos. Ele vinha realizando a venda de bens como um iate e o quadro Lenin Vermelho (Red Lenin), do artista pop americano Andy Wahrol.

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Nos últimos anos, Berezovski envolveu-se em duas espetaculares batalhas legais. Numa ação de divórcio, sua ex-mulher, a russa Galina Besharova, conquistou o direito a um patrimônio de 150 milhões de dólares. Outro embate o contrapôs ao compatriota Roman Abramovich, dono do clube de futebol Chelsea. A ação, de 5 bilhões de dólares, girava em torno da petrolífera Sibneft e foi a maior ação civil na história jurídica da Grã-Bretanha. Em 2012, Berezovski foi derrotado nos tribunais e teve de arcar com despesas jurídicas de 250 milhões de dólares.

Ele é apontado no Brasil como um dos articuladores da parceria feita em 2004 entre o Corinthians e o grupo de investidores Media Sports Investment (MSI), do qual seria o principal acionista. Essa união levou ao clube jogadores como Carlitos Tévez, Javier Mascherano e Nilmar. O Ministério Público chegou a pedir a prisão do magnata, em 2007, por lavagem de dinheiro.

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