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Maduro assina decretos e avança na anexação de Essequibo, na Guiana

Conjunto de decretos procura transformar região de Essequibo, rica em petróleo e administrada pela Guiana, no estado venezuelano de "Guiana Essequiba"

Por Da Redação
8 dez 2023, 18h10

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou nesta sexta-feira, 8, um conjunto de decretos para transformar a região de Essequibo, administrada pela Guiana, no estado venezuelano de “Guiana Essequiba”. No último domingo, o líder de Caracas bradou a “vitória esmagadora” do plano de tomada do território após a divulgação do resultado do controverso plebiscito realizado entre os eleitores do país – mais de 95% daqueles que foram às urnas votaram a favor da criação do novo estado.

Ainda na terça-feira, Maduro adiantou a intenção de avançar no plano através de decretos. Entre eles estão a formação de uma comissão para debater estratégias para anexação; a criação do Alto Comissariado para a Defesa e da Zona de Defesa Integral da Guiana Essequiba; a oficialização do novo mapa da Venezuela, incluindo a área confiscada, bem como a sua divulgação em colégios, escolas secundárias e universidades do país.

Essequibo, rica em petróleo e minérios, receberá um setor da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) e a concessão de licenças para exploração de gás, petróleo e mineração. A região será administrada pela advogada Rodriguez Cabello, com sede na cidade de Tumeremo, na Venezuela. Os 125 mil habitantes, por sua vez, terão acesso a um plano de assistência social e à nova carteira de identidade. Um censo também será realizado.

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A disputa entre Guiana e Venezuela

A região conturbada, de 160 mil km², compõe 74% do território da Guiana, país que administra a área desde 1996, ano em que declarou independência do Reino Unido. A Venezuela contrapõe que o local foi retirado de seu domínio pela arbitrária sentença de Paris, de 1899.

A disputa voltou a esquentar em 2015, quando foi descoberto petróleo na região de Essequibo. Estima-se que, por lá, existam reservas de 11 bilhões de barris. A maior parte estaria “offshore”, ou seja, no mar. Por causa das reservas fósseis, a Guiana tornou-se o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos.

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As assinaturas desta sexta-feira buscam, então, colocar um ponto final da história, com data marcada: 2030. Segundo Maduro, a escolha do calendário tem como objetivo “cumprir o mandato do povo que votou pelo sim”, referindo-se ao referendo de domingo. A consulta pública, no entanto, não possui valor vinculativo e, portanto, não oferece um sinal verde para que o esquerdista coloque as polêmicas intenções em prática.

 

 

 

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