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Macron fala em possibilidade de países da UE enviarem soldados à Ucrânia

Presidente francês diz, durante encontro de líderes europeus em Paris, que 'nada deve ser excluído' e 'faremos o que for necessário' para Rússia não vencer

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h57 - Publicado em 27 fev 2024, 08h47
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  • O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou na noite de segunda-feira, 26, que não exclui a possibilidade de nações europeias enviarem soldados para a Ucrânia, embora tenha alertado que não há consenso sobre o assunto. O líder francês recebeu representantes da União Europeia em Paris, na tentativa de intensificar esforços para auxiliar Kiev na guerra contra a Rússia.

    “Não há consenso, nesta fase, para enviar soldados ao terreno”, disse Macron a jornalistas. “Nada deve ser excluído. Faremos tudo o que for necessário para que a Rússia não vença.”

    Sem consenso

    Um funcionário da Casa Branca disse à agência de notícias Reuters, em condição de anonimato, que os Estados Unidos não tinham planos de enviar soldados para lutar na Ucrânia, nem para enviar forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental que os americanos chefiam.

    Já o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico (que se opõe a ajudar os ucranianos militarmente), disse que vários membros da Otan e da União Europeia estavam considerando disponibilizar seus soldados, mas por meio de acordos bilaterais – não como blocos.

    “Posso confirmar que há países que estão preparados para enviar as seus próprios soldados para a Ucrânia. Há países que dizem ‘nunca’, entre os quais está a Eslováquia, e há países que dizem que esta proposta precisa ser considerada”, disse ele antes de embarcar no avião de volta para casa.

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    Encruzilhada

    O presidente francês convidou os seus homólogos europeus ao Palácio do Eliseu para uma reunião, que foi organizada às pressas, para discutir como aumentar o fornecimento de munições à Ucrânia. De acordo com Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano, seus militares disparam uma bala para cada sete disparadas pelos russos – um número que chegou a ser doze no final do ano passado.

    Cerca de 20 líderes europeus reuniram-se na capital francesa. Embora não haja consenso, como disse Macron, o objetivo maior era enviar uma mensagem ao presidente russo, Vladimir Putin, sobre a unidade da UE e contrariar a narrativa do Kremlin de que a Rússia está fadada a vencer a guerra, que acaba de entrar em seu terceiro ano.

    Depois dos sucessos iniciais em fazer recuar o exército russo, a Ucrânia sofreu reveses nos campos de batalha a leste. Seus generais se queixam de escassez de armas e soldados, e o país cogita fazer nova mobilização – mas quer obter armamentos antes.

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