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Lula chama protesto de policiais no Equador de ‘burrice’

O brasileiro qualificou a manifestação como uma 'tentativa de golpe', ignorando que o presidente do Equador, na verdade, é quem planejava a dissolução do Congresso do país

Por Da Redação
1 out 2010, 19h24
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  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou, nesta sexta-feira, o que classificou como “uma tentativa de golpe de Estado no Equador”. Mas ignorou o fato de que o governo de Rafael Correa é quem planejava destituir o Congresso depois que sua bancada legislativa rejeitou parcialmente um outro projeto de lei. Mesmo sem saber ao certo o que ocorreu no país – porque ninguém sabe até agora – Lula chamou de “burrice” a ação dos policiais rebeldes.

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    Os manifestantes saíram às ruas em pelo menos três cidades do Equador, na última quinta-feira, em protesto contra o corte de alguns de seus benefícios. O presidente do país e seus aliados esquerdistas da América Latina, como Hugo Chávez, disseram que as manifestações foram uma tentativa de golpe. Apesar de nada indicar que a manifestação tivesse objetivo político, a “versão golpista” ecoou entre os vizinhos bolivarianos. “Esse tipo de tentativa de derrubar presidente eleito não é correto, a polícia jogar bomba em presidente é menos correto ainda”, disse Lula, parafraseando os amigos de esquerda.

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    Em um evento na grande São Paulo, esta sexta-feira, o presidente brasileiro disse também que os próprios manifestantes já devem ter se dado conta do “seu erro”. “Não existe no mundo ninguém que concorde com golpe. Os golpistas do Equador já devem estar arrependidos da burrice que fizeram”, afirmou.

    Protestos – Centenas de policias saíram às ruas de Quito, Guayaquil e Cuenca, nesta quinta-feira, para protestar contra uma proposta de legislação, feita por Correa, que reduziria seus ganhos, tirando bônus e incentivos. Eles queimaram pneus, ocuparam instalações militares e chegaram a fechar acessos às cidades.

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    Apesar de não haver nenhum indício de um plano maquiavélico para derrubá-lo, Correa acusou os manifestantes de “conspiração e traição”, de modo a se beneficiar politicamente após a crise. Ele afirmou que os oposicionistas estavam tentando dar um golpe de estado, que contaria inclusive com a participação do ex-presidente e ex-candidato presidencial Lucio Gutiérrez e setores das Forças Armadas.

    Contudo, a ministra para a Política, Doris Solís, havia anunciado, horas antes, que Correa considerava a possibilidade de dissolver o Congresso e convocar eleições gerais antecipadas, depois que sua bancada legislativa rejeitou parcialmente um outro projeto de lei. Ou seja, quem quer mudar a regra do jogo é ele.

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    (Com Agência Estado)

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