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Líder sindical sugere protestos na Olimpíada caso Macron mine esquerda

Sophie Binet disse que presidente 'precisa sair do negacionismo' e permitir que Nova Frente Popular forme governo

Por Da Redação
11 jul 2024, 16h58
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  • A líder sindical da Confederação Geral do Trabalho da França (CGT), Sophie Binet, sugeriu nesta quinta-feira, 11, que protestos podem tomar as ruas de Paris durante os Jogos Olímpicos, que ocorrem entre 26 de julho e 11 de agosto, caso o presidente Emmanuel Macron não permita que a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NPF) assuma o governo, após sair como vitoriosa nas eleições legislativas francesas, no último domingo, mas sem maioria.

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    “Emmanuel Macron precisa sair do negacionismo. Ele perdeu a eleição. Ele é como Luís XVI entrincheirado em Versalhes. Ele precisa ouvir o país e parar de ser tão desconectado”, disse ao programa de televisão francês LCI. “Neste estágio, não planejamos nenhuma greve durante as Olimpíadas, mas se Macron continuar a jogar gasolina nas chamas…”, acrescentou Bisset, sem terminar sua frase.

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    Em reviravolta inesperada, a NPF terminou em primeiro lugar no pleito (182 assentos, longe dos 289 necessários para maioria), seguida pela coalizão governista, Juntos (168 cadeiras), e pelo partido ultradireitista Reagrupamento Nacional (143 parlamentares eleitos), que havia liderado o primeiro turno.  Ainda que o resultado tenha sido diferente do esperado por Jordan Bardella, líder do RN que estava de olho no cargo de primeiro-ministro, o partido de extrema direita saiu fortalecido, com um crescimento de 55 assentos em relação a 2019. O governo de Macron, por sua vez, enfrenta uma dura realidade, agora com 82 cadeiras a menos.

    + Macron rompe silêncio sobre vitória da esquerda e pede coalizão ‘plural’

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    Carta de Macron

    A declaração ocorre um dia após Macron romper o silêncio e apelar para que as principais forças políticas do país formem uma coalizão “sólida” e “plural”, em carta divulgada no jornal diário Le Parisien. No texto, o líder francês não mencionou pelo nome o Reagrupamento Nacional, nem a Nova Frente Popular, que também é composta de partidos de esquerda radical, como a França Insubmissa. Mas, ao citar “valores republicanos”, ele teria como objetivo excluir os extremos de cada espectro político, de forma a colocar o governo nas mãos de partidos centristas e moderados do NFP, como é o caso dos Socialistas e Verdes.

    “Vamos depositar nossa esperança na capacidade de nossos líderes políticos de demonstrarem bom senso, harmonia e calma em seu interesse e no do país. É à luz desses princípios que decidirei sobre a nomeação do primeiro-ministro”, escreveu ele. “Isso exige dar às forças políticas um pouco de tempo para construir esses compromissos com serenidade e respeito por todos.”

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    Em meio à resistência do Palácio do Eliseu, a ala dos ferroviários da CGT convocou protestos para 18 de julho, data em que está prevista a reunião do Parlamento recém-eleito, a poucos dias da Olimpíada de Paris. Em comunicado, os manifestantes afirmaram que os atos acontecerão em frente às prefeituras, às sedes do governo estadual e à Assembleia Nacional em Paris, com o intuito de aumentar a pressão contra Macron e culminar possivelmente na nomeação de um primeiro-ministro da NFP. “Não vamos permitir que nossa vitória seja roubada de nós!”, concluiu o texto.

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