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Líder republicano do Senado reconhece vitória de Biden

Em novo golpe à ofensiva de Trump contra o pleito, conservador Mitch McConnell afirmou que 'nosso país tem oficialmente um presidente eleito'

Por Da Redação Atualizado em 15 dez 2020, 13h30 - Publicado em 15 dez 2020, 13h20

Em um novo golpe à tentativa do presidente Donald Trump de reverter o resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, reconheceu nesta terça-feira, 15, a vitória do democrata Joe Biden no pleito. A fala acontece um dia após o Colégio Eleitoral oficializar o democrata como presidente eleito do país.

“Ontem os eleitores (do Colégio Eleitoral) se reuniram em 50 estados e a partir desta manhã nosso país tem oficialmente um presidente eleito”, disse o influente senador. “Sendo assim, hoje quero parabenizar o presidente eleito Joe Biden”.

McConnell foi um pilar fundamental de Trump para governar e seu papel no Senado foi crucial para avançar na agenda do governo. Até agora, poucos republicanos se distanciaram da postura do presidente, que não reconhece a derrota e iniciou uma série de processos judiciais para invalidar os resultados, sem sucesso em nenhum deles.

“Muitos desejaram que a eleição presidencial tivesse um resultado diferente, mas nosso sistema de governo tem processos que determinam quem tomará posse em 20 de janeiro”, disse o chefe da bancada majoritária do Senado.

O conservador, que representa Kentucky, também parabenizou também Kamala Harris, que será a primeira mulher a ocupar a vice-Presidência do país.

“Além de nossas diferenças, os americanos podem ficar orgulhosos de que nossa nação tem uma mulher eleita vice-presidente pela primeira vez em sua história”, disse

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O processo do Colégio Eleitoral, que normalmente não passa de uma formalidade, ganhou mais atenção neste no devido à campanha de Trump de tentar desqualificar o pleito. Os resultados da eleição foram certificados pelos 50 estados americanos, assim com pelo Distrito de Columbia. O democrata venceu com 81,3 milhões de votos, 51,3% dos sufrágios emitidos, contra 74,2 milhões (46,8%) do republicano.

Mas nos Estados Unidos o presidente é decidido pelo sufrágio universal indireto, e cada estado dispõe de um número determinado de delegados com base no tamanho de sua população. Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232. Para vencer a eleição eram necessários ao menos 270.

Ofensiva

Trump segue fazendo afirmações sem fundamento de que a eleição de novembro foi a “mais corrupta na história dos Estados Unidos”, como tuitou novamente no domingo.

A campanha do republicano, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção. A Suprema Corte, de maioria conservadora graças às designações de três integrantes por Trump, se negou na sexta-feira sequer a considerar duas demandas dos republicanos.

Quase junto à confirmação do Colégio Eleitoral, Trump usou suas redes sociais para anunciar a saída do secretário de Justiça, William Barr, de seu governo. O secretário, notório por seu apoio ao presidente, disse em entrevista recente à Associated Press que “não vimos fraude em uma escala que pudesse levar a um resultado diferente nas eleições”, enfurecendo a base do republicano.

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Muitos congressistas republicanos respaldam as afirmações de fraude de Trump, mas alguns estariam dispostos a reconhecer a vitória de Biden após a ratificação do resultado pelo Colégio Eleitoral.

Mas como as pesquisas mostram que apenas um em cada quatro eleitores republicanos aceita os resultados das eleições como válidos, não se espera que Trump admita a derrota a curto prazo.

No fim de semana, ao ser questionado em uma entrevista no canal Fox News se compareceria à posse de Biden em 20 de janeiro, como exige o protocolo e séculos de tradição, Trump se limitou a responder: “Não quero falar sobre isto”.

À imprensa na tarde desta segunda, a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, se recusou a responder se Trump aceitará o resultado do Colégio Eleitoral.

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