Uma missão conjunta da Europa a Marte com a Rússia foi adiada pela guerra. O lançamento este ano é agora “muito improvável” devido a sanções ligadas à guerra na Ucrânia, disse a Agência Espacial Europeia na última segunda-feira, 28.
Inicialmente, a missão deveria partir do espaçoporto de Baikonur, no Casaquistão, em setembro de 2020. A partida do foguete russo Proton teve, no entanto, de ser adiada devido à pandemia e a problemas técnicos.
O objetivo é colocar o primeiro rover da Europa no planeta vermelho para ajudar a determinar se já houve vida em Marte. Um rover de teste lançado em 2016 aterrissou em Marte, destacando a dificuldade de colocar uma espaçonave no planeta.
Embora a Europa tenha seus próprios foguetes para colocar satélites em órbita, depende de parceiros russos e americanos para enviar astronautas ao espaço.
Inimigos no espaço
A chefe de operações espaciais da NASA disse na última segunda-feira que a agência está operando a Estação Espacial Internacional com apoio e informações russas, como de costume. “Obviamente, entendemos a situação global, onde está, mas como uma equipe conjunta, essas equipes estão operando juntas”, disse Kathy Lueders.
Os EUA e a Rússia são os principais operadores da estação espacial. Quatro americanos, dois russos e um alemão estão atualmente na estação. “Já operamos nesse tipo de situação antes e ambos os lados sempre atuaram muito profissionalmente”, afirmou Lueders.
O astronauta da NASA Mark Vande Hei está programado para retornar à Terra no final de março com dois russos em uma cápsula da Soyuz, e Lueders disse que ainda está no caminho certo.
As cápsulas da Rússia eram a única maneira de entrar e sair do espaço depois que os ônibus da NASA se aposentaram em 2011 e até o primeiro voo da tripulação da SpaceX em 2020.