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Kim Jong-un chega ao Vietnã para encontro com Trump em nova cúpula

Líder norte-coreano viajou cerca de 4.000 km de trem e aguarda americano para histórica reunião na quarta-feira, quando terão como pauta o programa nuclear

Por Da Redação Atualizado em 26 fev 2019, 05h47 - Publicado em 26 fev 2019, 01h56

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, chegou ao Vietnã, nesta terça-feira 26, para o segundo encontro que terá com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Kim desceu sorrindo do trem que o levou de Pyongyang até Dong Dang, uma cidade vietnamita que fica na divisa com a China. A viagem de trem de Jong-un teve cerca de 4.000 km, em uma locomotiva blindada cor verde oliva que partiu de Pyongyang. Trata-se da primeira viagem de um dirigente norte-coreano ao Vietnã desde o de seu avô, Kim Il Song, em 1964.

O presidente americano, que optou por uma via convencional, ao viajar a Hanói com seu Air Force One, aterrissará na capital vietnamita na tarde de terça-feira. O segundo encontro entre os líderes, marcado para quarta-feira 27 – o primeiro ocorreu em junho, em Singapura -, tem como pauta o programa nuclear norte-coreano.

O norte-coreano acenou para um grupo de pessoas que o esperava, trocou apertos de mão com oficiais vietnamitas e seguiu por um tapete vermelho até a limusine que o aguardava. Kim deverá seguir por terra até Hanói, a capital do país, onde se encontrará com Trump.

Donald Trump quis se mostrar otimista com relação a este encontro, assegurando na segunda-feira no Twitter que espera com impaciência “uma cúpula muito produtiva”.

Sobre o encontro conhecem-se pouquíssimos detalhes. Os dois dirigentes vão jantar juntos na noite de quarta-feira, acompanhados de alguns de seus conselheiros, indicou à imprensa a bordo do Air Force One a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

Expectativa alta

Com a aproximação do encontro entre os dois líderes, a expectativa da comunidade internacional sobre os resultados concretos também aumenta. Kim e Trump realizaram se reuniram em Singapura no ano passado, que terminou com uma vaga declaração sobre os esforços de Pyongyang para avançar para o desarmamento nuclear, mas sem prazos ou metas claros.

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A Coreia do Norte assegura que já fez gestos na direção da desnuclearização, como o congelamento dos teste militares e a destruição dos acessos às instalações onde realizada testes nucleares.

Nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua esperança de que este segundo encontro entre Kim e Trump se encerre com “medidas concretas” para o desarmamento nuclear da península coreana.

Ao discursar na Conferência sobre Desarmamento em Genebra, Guterres disse que espera que os dois líderes consigam “medidas concretas para uma desnuclearização durável, pacífica, completa e verificável” da península coreana.

No entanto, durante uma cerimônia realizada no domingo na Casa Branca, Trump parecia interessado em reduzir as expectativas de um acordo global.

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“As sanções continuam, tudo continua como está, mas temos um sentimento especial e acho que isso levará a algo bom. Mas talvez não”, disse ele.

“Há realmente uma oportunidade para fazer algo muito, muito especial”, afirmou Trump, assegurando que não cederá e que as sanções vão continuar em vigência.

Por trás de Trump, por outro lado, as pressões do Congresso estão aumentando constantemente para que o chefe da Casa Branca adote uma postura mais firme. O influente senador Marco Rubio, por exemplo pediu que Washington “maximize” as pressões sobre Pyongyang.

“Os negociadores americanos devem pressionar por um acordo forte que desmantele completamente, de forma verificável e irreversível, os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte”, disse ele em um comunicado divulgado logo após o avião de Trump decolar para o Vietnã.

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Segundo Harry Kazianis, do grupo conservador Center for the National Interest, as duas partes deveriam realizar “ao menos um passo à frente na direção da desnuclearização”, porque “nada seria pior para ambos que sair de reunião tendo perdido tempo”.

“Trump vai focar num discurso segundo o qual obteve a paz, ao invés de pressionar Kim para a desnuclearização”, prevê Scott Seaman, analista do Eurasia Group.

Para Kim Yong-hyun, da Universidade Dongguk, o melhor resultado seria que os dois líderes definissem um roteiro para a desnuclearização. Washington poderia prometer segurança em foram de uma declaração oficial sobre o fim da Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício.

A presidência sul-coreana considerou como confiável essa possibilidade. “Acredito que existe uma possibilidade real”, disse seu porta-voz, Kim Eui-kyeom.

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O líder norte-coreano poderia aproveitar sua estadia no Vietnã para visitar zonas industriais nas províncias de Quang Ninh e Bac Ninh, donde há uma fábrica da Samsung.

A Coreia do Norte, que conduz há anos reformas para aliviar um pouco o peso do Estado, poderia estar interessada no modelo econômico do Vietnã, país comunista onde o governo mantém o controle total do poder, mas se beneficia da economia de mercado.

(Com AFP e Estadão Conteúdo)

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