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Justiça começa a interrogar estudante que matou 10 em escola do Texas

Dimitrios Pagourtzis foi indiciado por assassinato, um crime pelo qual poderia ser condenado à pena de morte

Por AFP 19 Maio 2018, 11h07

A justiça começou a interrogar o adolescente de 17 anos que matou dez pessoas na sexta-feira em sua escola do ensino médio de Santa Fé, no Texas, no massacre mais recente registrado em um centro de ensino nos Estados Unidos.

Dimitrios Pagourtzis compareceu na sexta-feira algemado, com a cabeça baixa e respondendo apenas “sim, senhor”, “não, senhor” às perguntas de um juiz sobre questões de procedimento. Ele foi indiciado por assassinato, um crime pelo qual poderia ser inclusive condenado à pena de morte.

Embora alguns colegas de escola tenham descrito Pagourtzis como um adolescente calmo, mas solitário, as razões que o levaram a cometer o massacre ainda são desconhecidas. Anotações obtidas no computador e telefone celular do atirador sugerem que ele desejava cometer suicídio após o massacre, mas se entregou, afirmou o governador do Texas, o republicano Greg Abbott. “Entregou-se e admitiu que nesse momento não tinha coragem de se suicidar”.

Um estudante afirmou a um canal de TV local que Pagourtzis, jogador de futebol americano, era vítima de bullying: “os treinadores o perseguiam e insultavam”. De acordo com as autoridades, o jovem havia publicado há pouco tempo no Facebook uma imagem de uma camisa com a frase “Nascido para matar”. Abbott, no entanto, disse que não foram registrados “sinais verdadeiros de advertência” que indicassem que o aluno passaria à ação.

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Vestido com um casaco no qual escondia uma escopeta e um revólver, aparentemente ambos de propriedade de seu pai, Dimitrios Pagourtzis entrou em uma sala às 8h (horário local) e abriu fogo, deixando dez mortos e dez feridos.

“Estava tudo muito calmo por alguns segundos e depois ouvimos alguém atirando”, disse o estudante Hunter Mead, de 14 anos. “Não deveria passar por isto”, afirmou, chorando, Dakota Shrader, enquanto era consolada pela mãe. “É minha escola, minha vida cotidiana. Tenho medo de voltar”, completou.

A embaixada do Paquistão em Washington informou que um paquistanês que estava em um intercâmbio escolar está entre os mortos. A imprensa local afirmou que pelo menos seis vítimas fatais eram alunos e um deles era um auxiliar do colégio. O modus operandi, o perfil do atirador e as imagens dos adolescentes deixando a escola, exibidas pela TV, deixam um ar de “deja vu” em mais um massacre em uma escola dos Estados Unidos. No início do ano, um tiroteio em uma escola do ensino médio da Flórida deixou 17 mortos e reavivou o debate sobre o acesso às armas.

De acordo com o jornal Washington Post, mais mortes foram registradas em escolas americanas desde o início de 2018 do que entre os integrantes das Forças Armadas. Mais de um milhão de pessoas protestaram no fim de março nos Estados Unidos na “Marcha por Nossas Vidas” (“March for Our Lives”), o que não resultou em ações legais significativas por parte da classe política

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O presidente Donald Trump chamou o tiroteio de “absolutamente horrível”. “Isso tem acontecido por tempo demais em nosso país”, declarou. Também pediu que as bandeiras dos edifícios federais permaneçam a meio mastro até 22 de maio.

“A minha administração está decidida a fazer tudo que estiver ao nosso alcance para proteger nossos estudantes, proteger nossas escolas e manter as armas fora das mãos daqueles que representam uma ameaça para eles mesmos e para outros”, declarou Trump.

Explosivos

O atirador também deixou explosivos em uma casa e em um veículo, segundo o governador Abbott. Sobre as armas que o jovem pegou do pai, o governador disse “não saber se o pai estava a par” e que a posse era legal.

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