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Junta Militar do Egito oferece chefia do governo a ex-premiê

Eleições legislativas estão confirmadas para ter início na próxima segunda-feira

Por Da Redação
24 nov 2011, 16h41

A Junta Militar do Egito ofereceu nesta quinta-feira a chefia do governo a Kamal al Ganzuri, ex-primeiro-ministro do país de 1996 a 1999. Ainda não há confirmação se ele aceitou o cargo, informou à agência de notícias EFE um ministro do Executivo atual. Mais cedo, os militares confirmaram o início das eleições legislativas para a próxima segunda-feira, com segurança reforçada.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, egípcios iniciaram, em janeiro, sua série de protestos exigindo a saída do então presidente Hosni Mubarak.
  2. • Durante as manifestações, mais de 850 rebeldes morreram em choques com as forças de segurança de Mubarak que, junto a seus filhos, é acusado de abuso de poder e de premeditar essas mortes.
  3. • Após 18 dias de levante popular, em 11 de fevereiro, o ditador cede à pressão e renuncia ao cargo, deixando Cairo.
  4. • No lugar dele, assumiu a Junta Militar que segue governando o Egito até as eleições.

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Diante de dezenas de meios de comunicação egípcios e internacionais, o general Mamduh Shahin acabou com as dúvidas suscitadas pelos protestos que se espalham pelo país desde sábado e já deixaram mais de 30 mortos. “Não atrasaremos as eleições, é nossa última palavra”, declarou. O anúncio, porém, não contribuiu para acabar com a grande concentração na Praça Tahrir, onde foi recebido com ceticismo. A violência, porém, parece ter dado uma frágil trégua.

O general Mohammed Mojtar al Mula disse na mesma entrevista coletiva que os militares só deixarão o comando se o povo decidir em um plebiscito popular, mas essa oferta foi tão vaga quanto a do marechal Hussein Tantawi, chefe da Junta Militar, em seu discurso na terça-feira passada. Perante a insistência dos jornalistas, os generais alegaram que já tinham recebido o respaldo do povo egípcio no referendo para emendar a Constituição no último dia 19 de março e se negaram a fixar data ou condições para um novo processo do tipo.

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Desculpas – Al Mula admitiu que as forças de segurança cometeram “muitas violações” durante os primeiros dias de protestos, principalmente ao entrar na praça para sufocar as manifestações, mas ao mesmo tempo negou que tenham disparado balas de verdade, como havia sido reconhecido inclusive pelo ministro da Saúde. Na noite de quarta-feira, outro general, Mohammed al Assar, pediu desculpa ao povo, em nome da Junta Militar, pelas vítimas nos violentos confrontos.

Contudo, não é apenas de violência excessiva que a polícia é acusada. Duas jornalistas afirmam terem sido abusadas sexualmente durante os protestos no Cairo. “Além de me golpearem, aqueles cachorros (referindo-se aos agentes de segurança) me submeteram às piores agressões sexuais”, disse a repórter Mona al Tahawy pelo Twitter. Já a jornalista francesa Caroline Sinz contou ter sido “agredida por uma multidão de homens” que lhe arrancaram a roupa na Praça Tahrir, onde ela estava junto de um câmera. “Algumas pessoas tentaram me ajudar, mas não conseguiram. Eu estava sendo linchada. Durou quase uma hora”, lembra.

(Com agência EFE)

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