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Jovem que lutou contra o Estado Islâmico é presa na Dinamarca

Joanna Palani, de 23 anos, será julgada por violar sua proibição de viajar ao exterior

Por Da redação
Atualizado em 19 dez 2016, 19h25 - Publicado em 19 dez 2016, 19h24

Uma jovem dinamarquesa que lutou contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque foi detida em Copenhagen. Joanna Palani, de 23 anos, será julgada por violar sua proibição de viajar ao exterior e pode ser condenada a até dois anos de prisão.

Em junho de 2015 a jovem foi proibida de viajar para fora da Dinamarca, mas admitiu em uma audiência na semana passada que viajou para Doha, no Catar, em junho deste ano. Sua próxima audiência será realizada nessa terça-feira.

Joanna desistiu de seu curso de ciência política para se juntar à milícia curda no combate ao EI em 2014. Ela lutou ao lado das forças Peshmerga no Iraque e das Unidades de Proteção Popular curdas na Síria, antes de ser proibida de deixar a Dinamarca. Em uma postagem em sua página no Facebook, Palani afirmou que tem como objetivo “lutar pelos direitos das mulheres, pela democracia – pelos valores europeus que aprendi como garota dinamarquesa”.

A jovem nasceu em um campo de refugiados em Ramadi, no Iraque, durante a primeira Guerra do Golfo. Sua família é original do Curdistão iraniano, área ocupada pelos curdos no Irã, mas ganhou asilo na Dinamarca quando Joanna ainda era criança.

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Durante a primeira audiência do julgamento de Palani, seu advogado argumentou que é muito contraditório que a jovem seja punida por lutar do mesmo lado que as tropas dinamarquesas. “É hipócrita puni-la. Por que não punimos as pessoas que lutam pelo EI ao invés das pessoas que estão lutando do mesmo lado da Dinamarca?”, perguntou Erbil Kaya.

A lei de proibição de viagem ao exterior pela qual Joanna é acusada faz parte de uma série de medidas tomadas pelo governo dinamarquês para tentar conter o fluxo de cidadãos que vão para o Oriente Médio para lutar ao lado de grupos não governamentais. O país é o segundo maior da Europa em número de pessoas que lutam pela jihad, atrás apenas da Bélgica.

A lei visa impedir que cidadãos dinamarquesas saíam do país quando a viagem pode ter envolvimento com questões de segurança nacional ou “uma ameaça substancial à ordem pública”. Palani é a primeira pessoa a ser preso sob as novas leis e está sendo mantida na maior prisão da Dinamarca, Vestre Faengsel, em Copenhague.

Joanna supostamente era uma soldada de alto nível do exército curdo e o Estado Islâmico ofereceu uma recompensa de 1 milhão de dólares (3,3 milhões de reais) por sua morte no último final de semana. A encomenda de sua morte foi divulgada em diversos canais e redes sociais do grupo terrorista, em diversas línguas, segundo o jornal al-Arabiya. A jovem também vem recebendo uma série de ameaças online e off-line

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