Um adolescente turco de 16 anos que foi detido na quarta-feira em Konya por “insultar o presidente” do país, Recep Erdogan, foi libertado nesta sexta, após um pedido dos advogados para que ele aguarde o julgamento em liberdade.
O caso provocou comoção na imprensa turca por causa da idade do acusado. A prisão também provocou críticas por parte da oposição, que denunciou uma “guinada fascista” do governo conservador-islâmico. O primeiro-ministro Ahmet Davutoglu apoiou a detenção alegando que “todo o mundo deve mostrar respeito pela figura do presidente, seja quem for”. Após ser solto, o jovem se reuniu com os pais no palácio de justiça de Konya.
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O menor, membro de um movimento de esquerda, é acusado de ter insultado Erdogan na quarta durante um evento em memória de um jovem professor laico assassinado por militantes islâmicos em 1930. O jovem, aluno do ensino médio, foi acusado de caluniar o presidente da Turquia, Recep Erdogan, a quem chamou de corrupto e ladrão durante o discurso que fez na sua formatura.
Detido à noite pela polícia e apresentado à Justiça, o adolescente foi indiciado antes de ser libertado nesta sexta-feira. Três estudantes que expressaram apoio ao jovem foram detidos na quinta, mas não foram indiciados até o momento.
Erdogan, que dirigiu o governo turco como primeiro-ministro entre 2003 e 2014 até se tornar presidente do país, começou a receber críticas no verão de 2013 por seu viés autoritário e “islamizante”. Um grande escândalo de corrupção corroeu as bases do seu poder em dezembro do ano passado, mas o caso acabou sendo arquivado pela Justiça. Erdogan acusa um ex-aliado, o imã exilado Fetullah Gülen, de ter orquestrado o escândalo para tentar afastá-lo do poder.
(Com agências Reuters e France-Presse)
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