Três jornalistas espanhóis estão desaparecidos na Síria há oito dias, confirmaram nesta terça-feira fontes da Federação de Associações de Jornalistas da Espanha (Fape). O Ministério das Relações Exteriores da Espanha declarou estar “a par da situação” de Ángel Sastre, Antonio Pampliega e José Manuel López, que trabalham como freelancers, de acordo com a Fape. Sabe-se que eles entraram na cidade síria de Aleppo pelo sul da Turquia no dia 10 de julho.
O último contato feito pelos três ocorreu em 13 de julho, segundo os familiares dos jornalistas. Em comunicado conjunto, as famílias advertem que não farão declarações públicas e pedem “a maior discrição possível, tão necessária em momentos como estes”, para não atrapalhar as investigações.
Leia também:
Atentado em cidade turca deixa mais de 20 mortos
Coalizão liderada pelos EUA ataca reduto do EI na Síria
Vídeo do EI mostra criança decapitando soldado sírio
Maior cidade da Síria, localizada no norte do país, Aleppo é uma das zonas mais críticas da guerra civil iniciada em 2011. Nos últimos anos, foi um dos lugares em que ocorreram sequestros de jornalistas que cobrem o conflito. Nesta semana, pelo menos 18 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas pelo disparo de um míssil lançado pelas forças do regime do ditador sírio, Bashar Assad, em Aleppo.
Em 2013, os jornalistas espanhóis Javier Espinosa e Ricardo García foram sequestrados na Síria, nas proximidades da fronteira com a Turquia, e só puderam retornar à Espanha em março do ano seguinte, depois de passar mais de seis meses nas mãos do Estado Islâmico.
(Com agência EFE)