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Jornalista comprou duas cabeças humanas para reportagem

A agência de notícias publicou reportagem sobre venda de partes do corpo humano para pesquisa

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h49 - Publicado em 27 out 2017, 15h49
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  • Venda de cadáveres nos Estados Unidos
    Funcionários afastam uma maca com um tronco humano encontrado sendo descongelado com uma mangueira em uma instalação alugada pelo Southern Nevada Donor Services, em Las Vegas (Southern Nevada Health District/Reuters)

    Um jornalista da agência de notícias Reuters comprou duas cabeças humanas e um pedaço de espinha dorsal. A aquisição foi feita por Brian Grow como teste para uma reportagem sobre venda de órgãos e tecidos humanos para uso em pesquisa, educação e treinamento de profissionais.

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    Durante mais de um ano, Grow e John Shiffman investigaram empresas que vendem partes de cadáveres doados à ciência nos Estados Unidos. Na reportagem “The Body Trade” (O Comércio do Corpo, em português), os jornalistas discutem essas transações, que muitas vezes são feitas sem a autorização dos familiares.

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    Segundo a matéria, que é dividida em três partes, a lei americana não tem nenhuma regulamentação sobre esse tipo de comércio, ao contrário do mercado de doação de órgão no país, que é monitorado de perto pelo governo. Dessa forma, muitas famílias doam os corpos de seus entes falecidos para essas empresas, conhecidas como “body brokers” (corretores de corpos em português).

    Os “brokers” oferecem muitas vantagens, como transporte e cremação gratuita, diferentemente das universidades e agências estatais. Depois de receberem o corpo gratuitamente, cortam suas partes e vendem por milhares de dólares a pesquisadores e organizações médicas. Algumas vezes, os órgãos ou tecidos são devolvidos aos corretores depois de usados, para reaproveitamento ou cremação.

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    Brian Grow resolveu testar a facilidade com que é possível comprar partes humanas nos Estados Unidos. Após trocar alguns e-mails, conseguiu adquirir um pedaço de espinha dorsal por 300 dólares. Depois, comprou duas cabeças humanas. Tudo com a mesma empresa, chamada Restore Life (Restaurar a vida).

    Com a ajuda de um médico, o repórter descobriu o nome do defunto de onde provinha a espinha dorsal, encontrou sua família e realizou um teste de DNA. O tecido pertencia a Cody Sanders, que sofria de uma síndrome renal desde seu nascimento e morreu aos 24 anos.

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    Após o falecimento, seus pais não possuíam recursos financeiros para enterrá-lo, por isso doaram seu corpo para a Restore Life. Não sabiam, porém, que a empresa iria revender parte de seus órgãos e lucrar com isso.

    Segundo a reportagem da Reuters, que contou com a ajuda da diretora de um programa de doação de corpos na Universidade de Medicina de Minnesota, as cabeças e o pedaço de espinha vendidos a Grow não vieram acompanhados da documentação necessária para ser usados em análises médicas ou outros propósitos científicos. Dessa forma, não poderiam ser utilizados em universidades com padrões éticos e científicos aceitáveis.

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