Jean-Marie Le Pen, fundador do partido de extrema-direita francês Frente Nacional, disse que não vai buscar o apoio do partido para concorrer nas eleições regionais deste ano após uma disputa pública com sua filha Marine, a atual presidente da legenda. Le Pen desistiu da candidatura depois de sua filha afirmar que o partido não o apoiaria e ainda pedir a abertura de um processo disciplinar contra seu pai por causa de comentários favoráveis ao nazismo e ao antissemitismo.
Perguntado pela revista Le Figaro Magazine sobre sua possível candidatura na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur, no sudeste da França , ele respondeu: “Não vou participar das eleições, apesar de achar que eu sou o melhor candidato”, respondeu Le Pen, que é atualmente deputado europeu.
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Em um sinal sobre como ele pretende perpetuar sua influência no partido, Le Pen disse que o melhor substituto para sua candidatura seria sua bisneta, Marion Maréchal-Le Pen. Com 22 anos, Marion foi a mais jovem deputada eleita na história da França e ela é considerada uma política mais próxima de Le Pen do que de Marine.
A defesa feita na semana passada por Jean-Marie Le Pen de sua visão de que as câmaras de gás nazistas foram um mero “detalhe” da II Guerra Mundial levou Marine Le Pen, líder da FN desde 2011, a pedir que o papel de seu pai no partido fosse debatido em uma reunião da executiva da Frente Nacional na sexta-feira. Le Pen acusou sua filha de tentar “dinamitar” a Frente Nacional e afirmou que quando ela o atacava, estava cometendo “suicídio político”.
(Da redação)