A usina nuclear de Sendai entrou em processo de reativação nesta terça-feira, mais de quatro anos depois do desastre em Fukushima. A central é a primeira a funcionar no Japão com os novos padrões de segurança estabelecidos após o acidente provocado pelo terremoto que atingiu o país em 2011. Na época, uma série de vazamentos na central de Fukushima colocou em xeque a segurança das usinas japonesas e provocou o desligamento gradual de todas as plantas nucleares do país.
Na manhã desta terça, funcionários da usina de Sendai retiraram as barras de controle que interrompiam o processo de fissão no reator 1 e reativaram a central atômica. O reator deve começar a gerar energia elétrica na sexta, com a retomada da exploração comercial no início de setembro, informou a companhia.
A reativação de Sendai conta com o apoio do governo do Japão, que defende a necessidade da retomada da energia nuclear para estimular o crescimento. O primeiro-ministro Shinzo Abe declarou na noite de segunda que a reativação é acompanhada de todas as medidas de segurança, que “devem ser a principal prioridade”.
Mesmo assim, boa parte da população ainda se posiciona contra a energia nuclear, temendo novos desastres. Nesta terça, cerca de 200 pessoas protestaram em frente à usina de Sendai contra a reativação. Em Tóquio, também houve manifestação em frente ao parlamento do país.
Apesar dos protestos, outros quatro reatores já receberam o sinal verde da agência de regulação nuclear do Japão para serem reativados – incluindo um segundo reator em Sendai.
(Da redação)