A Associação Japonesa de Medicina Aguda anunciou no início desta semana que vai adicionar a classificação “mais grave” ao atual índice de perigo por insolação, em meio a uma onda de calor extremo fora de época que já deixou seis mortos em Tóquio.
O anúncio foi feito na segunda-feira, 8, pouco depois que termômetros em algumas regiões do país marcaram 40 °C, ultrapassando o limite de 35 °C classificado pelas autoridades meteorológicas como “extremamente quente”.
A nova categoria será incluída nas diretrizes de prática médica a serem revisadas ainda este ano e representa o nível mais severo de insolação, se aplicando a pessoas com temperatura corporal de 40 °C ou mais e incapacidade de se comunicar.
O índice já existente classifica a gravidade da insolação de acordo com os seguintes níveis: leve (1° grau), com tontura, suor abundante e dor muscular; moderada (2° grau), com dores de cabeça, vômitos e fadiga; e grave (3° grau), com perda de consciência e convulsões.
Calor mortal
O número de mortes por exaustão no calor subiu para cerca de 1.500 por ano em 2022, um aumento de algumas centenas em duas décadas. A associação médica afirma que o alto índice de mortes por insolação representa um perigo comparável ao de “um grande desastre natural”.
O governo japonês emitiu um alerta de risco nesta terça-feira, 9, após seis pessoas morrerem de insolação em Tóquio. As autoridades da capital recomendaram que as pessoas evitem atividades físicas e instalaram “abrigos de resfriamento” ao redor da cidade para aliviar a sensação de calor.
A agência de gerenciamento de desastres e incêndios disse que o número de pessoas levadas ao hospital por insolação quadruplicou na semana passada em relação à semana anterior, com mais de 9 mil pessoas em busca de atendimento de emergência por suspeita de insolação em todo o país, informou o Japan Times.
A parcela da população com mais de 64 anos é a mais afetada, sendo responsável por quase 60% das visitas de emergência a hospitais por insolação na semana passada.