Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Japão aprova projeto de lei para permitir guarda compartilhada de filhos

País é o único membro do G7 que ainda proíbe a prática em caso de divórcio; se sancionada, legislação deve entrar em vigor em 2026

Por Da Redação
17 abr 2024, 15h30

O parlamento do Japão aprovou na noite de terça-feira 16 um projeto de lei que visa reverter a proibição à guarda compartilhada no país, único membro do G7 que ainda relega a apenas um dos progenitores o cuidado com os filhos em caso de divórcio.

As alterações na lei foram propostas pelo Partido Liberal Democrata e pelo seu aliado, a sigla Komeito. O novo texto também tem apoio dos dois principais partidos da oposição japonesa. 

O projeto ainda será votado pela Câmara Alta e deve ser aprovado antes do fim da atual sessão parlamentar, que acontece no dia 23 de julho, segundo a agência de notícias japonesa Kyodo. Se aprovada, a nova lei deve entrar em vigor em 2026 e terá efeito retroativos, valendo inclusive para os casais que se divorciaram antes desta data.

As novas regras preveem que os tribunais da família levem em consideração a vontade das crianças nos casos em que os pais não consigam entrar em consenso sobre a custódia.

Continua após a publicidade

Opiniões contrárias

A legislação atual é criticada por dificultar o contato dos filhos com o progenitor que não obtém a guarda, podendo causar danos psicológicos aos pequenos. Segundo pesquisa do governo realizada em 2021, um terço das crianças japonesas afirma ter perdido o contato com o pai ou a mãe por não terem direito à custódia depois do divórcio.

“Mesmo após o divórcio, é importante que tanto as mães como os pais permaneçam adequadamente envolvidos e responsáveis ​​pela educação dos seus filhos”, disse o ministro da Justiça, Ryuji Koizumi.

Já os defensores da guarda exclusiva afirmam que a mudança na lei pode ser prejudicial às mulheres e às crianças nos casos que envolvem violência doméstica ou abuso infantil, forçando as vítimas a conviverem com seus agressores. No entanto, os partidos que apoiam o projeto afirmaram que a custódia não será conjunta nos casos em que um dos progenitores foi acusado de abuso.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.