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Itamaraty agradece ‘solidariedade’ internacional após invasões em Brasília

Documento ressalta ainda que posse de Lula 'representou reconhecimento à solidez das instituições democráticas brasileiras'

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jan 2023, 11h17
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  • O Itamaraty publicou uma nota desta segunda-feira, 9, agradecendo as manifestações de “apoio e solidariedade” da comunidade internacional, após milhares de terroristas bolsonaristas invadirem e atacarem na tarde de domingo os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

    “O Ministério das Relações Exteriores agradece e registra as inúmeras manifestações de apoio e solidariedade da comunidade internacional, pelos mais diversos canais, diante da violência golpista registrada no dia de ontem (8/1) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília”, diz a nota.

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    O documento ressalta ainda que a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “contou com a presença expressiva de mais de 60 delegações internacionais de alto nível, representou um reconhecimento à solidez das instituições democráticas brasileiras”.

    “No mesmo sentido, desde ontem tem sido unânime e contundente o repúdio de países e organismos internacionais aos atos de terrorismo e vandalismo que chocaram o Brasil e o mundo”, diz a nota.

    Diversos líderes e entidades estrangeiros se manifestaram com veemência após os atos terrorista de domingo. Em uma dura condenação ao “atentado à democracia e à transferência pacífica de poder”, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reforçou que “as instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser abalada”.

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    O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que o governo brasileiro terá “todo o nosso respaldo perante este covarde ataque à democracia”. O mandatário também compartilhou uma postagem de sua chanceler, Antonia Urrejola, que afirma que o Chile “rechaça a inaceitável ação antidemocrática que agride os Três Poderes do Estado do Brasil”.

    O presidente argentino, Alberto Fernández, destacou que “aqueles que tentam desrespeitar a vontade da maioria e ameaçam a democracia merecem não só a sanção legal correspondente, mas também a rejeição absoluta da comunidade internacional”.

    “Como presidente da Celac e do Mercosul, alerto os países membros para que nos unamos nessa inaceitável reação antidemocrática que tenta se impor no Brasil”, escreveu, citando o comando da Argentina na Presidência rotativa da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos. 

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    A Invasão

    Parte do grupo contrário à vitória de Lula, que tomou posse há uma semana, saiu do acampamento montado há quase dois meses diante do quartel-general do Exército, na capital federal, rumo à Esplanada dos Ministérios e furou bloqueios policiais.

    Pouco antes das 16h, policiais tentaram dispersar o grupo com o auxílio da cavalaria.

    As ações estão sendo transmitidas ao vivo nas redes sociais e no YouTube. Os vídeos mostram a depredação de uma viatura da Polícia Legislativa. Os manifestantes não se intimidaram com bombas de efeito moral, lançadas por volta das 14h40. Agentes da Força Nacional, convocada neste sábado em resposta à mobilização para os atos pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tentaram conter o ataque.

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    + Papa diz que ataques no Brasil indicam enfraquecimento da democracia

    Após tomar a rampa e cúpula externa do Congresso, o grupo migrou em direção ao Palácio do Planalto e para o STF, na Praça dos Três Poderes. Os manifestantes conseguiram entrar na área da sede do Executivo e tentam avançar na parte interna do prédio.

    Em imagens que mostram a ação do grupo antidemocrático no Palácio do Planalto, é possível ver que objetos foram depredados. Mangueiras de incêndio foram desenroladas, mesas de vidro e cadeiras foram quebradas, vidraças foram danificadas e gavetas foram reviradas.

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