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Italianos vão às urnas

Conheça as posições de eleitores dos principais campos políticos que disputam a eleição

Por Nathalia Watkins, de Bolonha
Atualizado em 4 mar 2018, 14h17 - Publicado em 4 mar 2018, 14h12
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  • A neve deu uma trégua e, apesar do frio, a cidade de Bolonha, na Itália, estava tão viva quanto todos os outros domingos do inverno. Milhares de turistas e bolonheses passeavam pelas ruas do centro histórico, fechadas para carros aos domingos e feriados. Era difícil notar que uma das eleições mais incertas da história do país estava a pleno vapor. A maior fila no centro da cidade estava na Piazza Magiore, a principal da cidade, onde centenas de italianos esperavam para ver o bispo celebrar uma missa. Bolonha, que é considerada o reduto da esquerda, está politicamente dividida e apática ao voto.

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    Os estudantes Francesco Chiommino, de 27 anos, e Massimiliano Vasallo, de 26, estão torcendo pela vitória do Movimento Cinco Estrelas (M5S), partido antissistema fundado há nove anos pelo comediante Beppe Grillo. “Simpatizo com o M5S porque são revolucionários. Eles estão mais próximos ao povo”, diz Massimiliano, que é da Sicília e estuda nutrição em Bolonha. “Eles não têm muita experiência de governo. Porém, parecem sinceros e menos corruptos”, completa Francesco. Naturais de Palermo, na Sicília, nenhum dos dois poderá votar por estarem distantes de suas zonas eleitorais.

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    O processo de votação na Itália tem a confiança da maioria dos eleitores. Cada cidadão que chega ao local de votação munido de título eleitoral e documento de identidade recebe duas cédulas. Em uma de cor rosa, o eleitor marca um “x” para escolher sua preferência para o Senado. Em outra, amarela, são contabilizados os votos para a Câmara dos deputados. Um mesário coloca o papel nas urnas, sob o olhar do eleitor, que tem seu título carimbado antes de deixar o local.

    A família do estudante Francesco Diegoli, que tem como tradição ir às urnas após o almoço de domingo, é representativa da fragmentação dos eleitores italianos. Os seis membros da família mantém o bom humor, mas não chegam a um acordo quando o quesito é política.

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    “Sempre votei pela direita. Este ano, escolhi Matteo Salvini (do partido eurocético Liga, antes conhecido como Liga Norte). Ele vai reduzir impostos e trazer segurança. Sou a favor de acolhermos refugiados de guerra, mas não podemos continuar recebendo tantos imigrantes econômicos”, diz Ana Biagi, de 81 anos, avó de Francesco. Já a mãe do estudante, Federica, de 54 anos, também votou por Salvini e acredita que Silvio Berlusconi possa conduzir a formação de um governo de coalizão de centro-direita.

    Francesco e sua irmã Benedetta, de 21 anos, votaram pelo Partido Democrata, do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi. “É preciso coragem para seguir com as reformas”, diz o jovem, que por ter menos de 25 anos, pode eleger apenas deputados.

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    Para completar o arco politico representado pela família de Francesco, sua tia avó Marisa Benassi, de 91 anos, e seu pai Paolo votaram pelo partido “Mais Europa”, de Emma Bonino, considerada uma das mais radicais dentro da coalizão de centro-esquerda. Os resultados serão conhecidos na madrugada desta segunda-feira.

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