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Israel diz que atacou homens armados do Hamas dentro dos túneis de Gaza

Hamas alega que rede subterrânea, com transporte, centros de operação e linhas de comunicação, tem 500 km. Destruí-la é um dos objetivos de Tel Aviv

Por Da Redação
31 out 2023, 08h45

Israel disse nesta terça-feira, 31, que suas forças atacaram homens armados do Hamas dentro da vasta rede de túneis sob a Faixa de Gaza, um dia depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou apelos para um cessar-fogo para aliviar a crise humanitária.

Desde o início do conflito, Tel Aviv classificou a destruição dos túneis usados pelo grupo terrorista como um objetivo fundamental para “exterminar” o Hamas, que controla Gaza. As operações por terra no território palestino se intensificaram nesta semana, mais de 20 dias após o ataque brutal no sul de Israel, que autoridades dizem ter matado mais de 1.400 pessoas.

“No último dia, as forças de combate combinadas das Forças de Defesa de Israel (FDI) atingiram aproximadamente 300 alvos, incluindo mísseis antitanque e postos de lançamento de foguetes abaixo dos eixos, bem como complexos militares dentro de túneis subterrâneos pertencentes à organização terrorista Hamas”, disseram as FDI em comunicado.

Os últimos dados disponíveis sobre a possível extensão da estrutura subterrânea são de 2021, quando Israel disse ter destruído 100 quilômetros de túneis em ataques aéreos. Na ocasião, o Hamas afirmou que os estragos representavam apenas 5% de um total de 500 quilômetros de comprimento em escavações.

Caso a afirmação seja real, a rede seria maior que a malha metroviária de Londres, que tem 400 quilômetros de extensão, e teria cinco vezes o tamanho da rede metroviária da cidade de São Paulo. Isso enquanto a Faixa de Gaza tem apenas 41 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura.

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Apesar de rudimentares, acredita-se que os túneis dentro de Gaza sejam equipados para que os terroristas do Hamas possam se esconder por muito tempo e de forma sustentada, contando com transporte e linhas de comunicação.

Os militantes responderam aos ataques com mísseis antitanque e tiros de metralhadora, acrescentou o texto.

“Os soldados mataram terroristas e direcionaram as forças aéreas para ataques em tempo real contra alvos e infraestruturas terroristas”, afirmaram as FDI.

As forças armadas israelenses também bombardearam Gaza durante a noite, visando áreas do noroeste do enclave palestino, onde soldados israelenses realizaram operações por terra, segundo testemunhas.

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Os Estados Unidos e países árabes pediram para Israel adiar qualquer operação terrestre que ampliaria o número de vítimas civis e poderia desencadear um conflito mais amplo.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que 8.306 pessoas, incluindo 3.457 menores, foram mortas em ataques israelenses desde 7 de outubro. Segundo as Nações Unidas, mais de 1,4 milhões de habitantes de Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas, ficaram desabrigados devido aos bombardeios.

Netanyahu, porém, disse na noite de segunda-feira que Israel não concordaria com uma pausa nas suas operações militares e continuaria com seus planos para eliminar o Hamas.

“Os apelos a um cessar-fogo são apelos a que Israel se renda ao Hamas, que se renda ao terrorismo, que se renda à barbárie. Isso não vai acontecer”, disse Netanyahu à televisão israelense.

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