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Israel bombardeia cidades que abrigam estrangeiros no sul de Gaza

O ministério do Interior de Gaza informou que os ataques deixaram cerca de 80 mortos

Por Da Redação
Atualizado em 17 out 2023, 12h03 - Publicado em 17 out 2023, 11h14

As cidades de Rafah e Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza, foram bombardeadas por Israel durante a madrugada desta terça-feira, 17, deixando cerca de 80 mortos. Os locais haviam se tornado refúgios de civis e estrangeiros que fugiram da Cidade de Gaza, no norte do enclave, depois que Tel-Aviv estipulou um prazo de 24h para que eles deixassem suas casas.

Rafah é a única cidade da Faixa de Gaza que possuí uma fronteira internacional que Israel não controla. Khan Younes, por sua vez, é o maior centro urbano da região sul. Atualmente, os dois locais abrigam pessoas que aguardam a abertura da passagem para o Egito para poderem se refugiar lá ou retornar a seus países.

Os bombardeios marcaram o início do 11º dia de conflito, que já deixou pelo menos 4 mil mortos. As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que atacaram bases militares do Hamas, na Faixa de Gaza, e do Hezbollah, no Líbano. Um banco no enclave palestino também foi atingido porque, segundo Tel-Aviv, era usado pelo grupo para financiar “atividades terroristas”.

+ ONU critica Israel e Hamas e alerta para crimes cometidos na guerra

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As Nações Unidas afirmaram que o cerco de Israel à Faixa de Gaza e a ordem para a retirada de civis do norte pode configurar uma violação ao direito internacional. A organização criticou o Estado israelense por não se certificar que as pessoas que abandonaram suas casas recebessem acomodações adequadas, higiene, saúde, segurança e alimentação.

Além disso, o Tribunal Penal Internacional considera a “transferência forçada de civis” um crime contra a humanidade. 

“Estamos preocupados que esta ordem, combinada com a imposição de um cerco completo a Gaza, possa não ser considerada uma evacuação temporária legal e, portanto, equivaleria a uma transferência forçada de civis, em violação do direito internacional”, disse Ravina Shamdasani, porta-voz do gabinete de Direitos Humanos da ONU.

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