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Israel abrirá passagem comercial com Gaza amanhã, se calma for mantida

Importações na região palestina estão proibidas desde 9 de julho; bloqueio interrompeu a atividade de 95% da indústria local

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h12 - Publicado em 14 ago 2018, 15h42
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  • O governo de Israel pretende abrir na quarta-feira (15) a única passagem comercial com a Faixa de Gaza, “se a calma se mantiver” na região nas próximas horas. A passagem de Kerem Shalom está fechada há mais de um mês, impedindo a entrada de suprimentos e de combustível ao reduto palestino.

    Segundo o Ministério da Defesa israelense, o governo também aumentará a área de pesca de Gaza para nove milhas náuticas. Atualmente, as atividades pesqueiras só podem ser realizadas pelos palestinos em um perímetro de três milhas náuticas.

    As decisões foram anunciadas depois que o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, se reuniu com vários responsáveis pela segurança do país para avaliar a situação na Faixa de Gaza.

    As importações na região palestina estão proibidas desde 9 de julho. Segundo empresários locais, o bloqueio interrompeu a atividade de 95% da indústria.

    A passagem comercial do território palestino foi fechada em resposta ao lançamento de balões e pipas incendiárias de Gaza para o território israelense. A ação vem se repetindo desde março e provocou incêndios e danos em plantações e fazendas do sul de Israel.

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    Desde então, só está permitida a transferência de material humanitário, alimentos e material médico, enquanto a entrada de centenas de produtos agrícolas e matérias-primas para a indústria estão proibidas.

    Nas últimas semanas, a tensão aumentou em torno de Gaza, de onde milícias palestinas dispararam cerca de 200 foguetes contra Israel, que respondeu com bombardeios sobre posições militares do grupo islâmico Hamas, que controla o território. Três palestinos morreram nos ataques.

    No entanto, a calma parece ter voltado desde a quinta-feira (9), quando as partes alcançaram um acordo de “calma em troca de calma”, sob mediação do Egito e com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).

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    Fontes empresariais palestinas indicaram que as restrições impostas por Israel causaram fechamento de plantas industriais e desemprego em cerca de 95% do setor. Eles alertaram que essa situação aumenta “os índices de pobreza” na Faixa de Gaza. A região já vive uma situação econômica grave após anos de conflito com Israel.

    O ministro da Defesa de Israel assinalou que manter a paz “é, principalmente, de interesse para os habitantes de Gaza”. Israel e Hamas mantêm um tênue cessar-fogo desde 2014, frequentemente posto à prova por atos hostis de ambas as partes.

    Desde o final de março, as manifestações de palestinos na Faixa de Gaza contra o bloqueio israelense e para exigir o direito de retorno dos palestinos expulsos de suas terras com a criação de Israel, em 1948, criaram pretextos para conflitos sangrentos.

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    (Com EFE)

     

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