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Irã nega hipótese de míssil ter derrubado avião e pede dados ao Canadá

Governo iraniano classificou os relatórios que culpam o Irã pela queda do avião como 'falsos' e disse que eles fazem parte de 'uma guerra psicológica'

Por EFE 9 jan 2020, 21h00
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  • O Irã negou nesta sexta-feira, 10, (data local) que um de seus mísseis tenha derrubado um avião de uma companhia ucraniana na última quarta, em Teerã, causando a morte dos 176 ocupantes, e pediu ao Canadá que compartilhe os dados que o primeiro-ministro do país norte-americano, Justin Trudeau, disse que indicariam que a aeronave foi derrubada.

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    Em comunicado, o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabiei, classificou os relatórios que culpam o Irã pela queda do avião ao sul de Teerã como “falsos” e disse que eles fazem parte de “uma guerra psicológica” contra o país. Já o Ministério de Relações Exteriores considerou que as declarações são “especulações suspeitas”.

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    Depois de a imprensa americana ter noticiado, com base em fontes do Pentágono, que um míssil iraniano seria o responsável pela queda do avião, Trudeau concedeu entrevista coletiva na qual confirmou que o Canadá tem evidências de que isso de fato teria ocorrido. No entanto, o premiê destacou que o incidente pode ter acontecido por um erro.

    O Canadá e outros países entraram em contato sobre o caso com o Irã, que pediu, por meio de comunicado do Ministério das Relações Exteriores, que essas informações sobre a queda do avião ucraniano sejam compartilhadas com o país.

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    “O Irã saúda a presença de especialistas dos países cujos cidadãos morreram no trágico acidente e solicita ao primeiro-ministro canadense e a qualquer outro governo com informações com esse tema que forneça esses dados ao comitê que investiga o acidente”, disse o porta-voz da diplomacia iraniana, Abbas Mousavi.

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    Mousavi ainda afirmou que o Irã começou a investigar as causas do acidente aéreo respeitando as normas e os critérios da Organização Internacional de Avião Civil. Ele também destacou que o governo iraniano convidou a Ucrânia, como país de origem da empresa dona do avião, e a companhia americana Boeing, como fabricante da aeronave, a participar dos trabalhos.

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    O convite à Boeing estava em xeque desde ontem, quando a Organização de Aviação Civil do Irã anunciou que não integraria as caixas-pretas do avião à companhia americana. Em relatório preliminar, o órgão disse que houve um incêndio na aeronave antes da queda.

    O documento afirma que o avião desapareceu do radar pouco depois de decolar do aeroporto internacional de Teerã e que não houve nenhuma mensagem do piloto para notificar o órgão de que havia uma emergência.

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    As especulações sobre as causas do acidente começaram porque o avião da Ukraine International Airlines caiu no mesmo dia em que o Irã atacou duas bases iraquianas que recebem tropas americanas com mísseis.

    Diversos integrantes do governo do Irã negaram esta hipótese ao longo desta quinta-feira e indicaram que houve falha técnica. À tarde, os rumores iniciais sobre o míssil foram confirmados por Canadá e Estados Unidos.

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    “Temos evidências procedentes de múltiplas fontes, incluindo nossos aliados e nosso serviço de inteligência. As provas indicam que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar iraniano. Isso pode muito bem ter sido não intencional”, afirmou Trudeau.

    Trudeau afirmou que as informações preliminares que o governo do Canadá possui reforçam a necessidade de uma investigação completa e profunda sobre o acidente. Em entrevista coletiva, ele exigiu que o Irã autorize investigadores do país a ter acesso ao local da queda.

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    O incidente matou as 176 pessoas que estavam a bordo do avião, que tinha como destino Kiev, na Ucrânia. Do total de vítimas, 63 eram canadenses. EFE

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