Irã liberta 9 marinheiros indianos de navio petroleiro capturado
Embarcação de bandeira panamenha foi capturada pela Guarda Revolucionária Iraniana em julho deste ano sob acusação de contrabando
O Irã libertou nove dos doze tripulantes indianos de um petroleiro de bandeira panamenha apreendido em 14 de julho sob acusação de contrabando no Golfo Pérsico, informou nesta sexta-feira, 26, o ministério das Relações Exteriores da Índia. O navio MT Riah perdera contato com a sua base em 14 de julho, logo após entrar em águas iranianas.
A versão de Teerã diz que o navio foi abordado pela Guarda Revolucionária Iraniana (IRCC) após uma emboscada e levado para reparos. Vinte e um indianos ainda estão detidos pelos iranianos, incluindo três membros da tripulação do MT Riah e 18 do petroleiro sueco Stena Impero, de bandeira britânica, interceptado pelas forças iranianas na semana passada.
Suspeito de “descumprimento do código marítimo internacional”, o Stena Impero foi detido no porto de Bandar Abbas, no sul do Irã. Além dos 18 indianos, há três russos, um letão e um filipino.
A Índia anunciou na quinta-feira 25 que seus diplomatas no Irã tiveram acesso à tripulação do Stena Impero, porém não deu detalhes sobre a libertação das nove pessoas. “Os 18 tripulantes indianos a bordo estão seguros, e vamos continuar trabalhando para a libertação deles”.
A apreensão do petroleiro aumentou as tensões entre os países ocidentais e o Irã. Os atritos começaram em maio do ano passado, quando os Estados Unidos saíram unilateralmente do acordo nuclear com Teerã, retomando as sanções econômicas pré-acordo e anunciando novas restrições às vendas de petróleo pelo país persa. Washington também reforçou a presença militar americana na região.
O Irã deu a entender que estaria disposto a negociar o Stena Impero pelo navio iraniano Grace 1, detido em Gibraltar pelas autoridades britânicas sob a acusação de transportar petróleo iraniano para a Síria, em violação a sanções internacionais. Enquanto isso, os países europeus discutem as possibilidades de salvar o acordo nuclear com Teerã.
(Com AFP)