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Irã determina execução de condenado que sobreviveu a enforcamento

Homem condenado por tráfico foi dado como morto, até necrotério descobrir que ele estava vivo. Decisão de repetir a execução está sendo criticada

Por Da Redação
16 out 2013, 18h58

Um homem de 37 anos condenado à pena de morte por tráfico de drogas no Irã deveria ter sido executado no início deste mês. Os procedimentos foram tomados, ele foi enforcado e dado como morto doze minutos depois. No entanto, quando seu corpo estava sendo preparado para ser entregue à família, soube-se que Alireza estava vivo. Agora, as autoridades iranianas aguardam sua recuperação para que a sentença seja cumprida, informou o jornal britânico The Guardian.

A decisão de manter a sentença está sendo criticada por defensores de direitos humanos. Preocupados com a alta taxa de execuções no país, os ativistas querem que o condenado possa continuar vivo. “A terrível perspectiva deste homem enfrentando um segundo enforcamento, depois de já ter passado por todo o processo uma vez, apenas reforça a crueldade e desumanidade da pena de morte”, afirmou Philip Luther, diretor da Anistia Internacional para o Oriente Médio e Norte da África. “As autoridades iranianas devem suspender imediatamente a execução de Alireza e decretar uma moratória para todos os outros”.

Saiba mais:

Anistia Internacional denuncia escalada da repressão no Irã

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Alireza foi preso e condenado à morte há três anos, sob a acusação de carregar metanfetamina em forma de cristal. O Guardian destacou que esse tipo de droga, assim como o ópio, é relativamente barato no país, que registra altos índices de uso de drogas, especialmente entre os jovens. Para tentar controlar o problema, as autoridades lançaram uma campanha para combater o tráfico, o que resultou em um alto número de execuções.

O Irã está entre os cinco países com o maior número de execuções. Em 2012, o país executou pelo menos 314 pessoas, segundo a Anistia Internacional – na maior parte dos casos, condenados por crimes relacionados a entorpecentes. Desde que o presidente Hassan Rohani assumiu o poder, no início de agosto, houve pelo menos 125 execuções no país – no entanto, o Judiciário iraniano é independente do governo e seu chefe é apontado pelo aiatolá Ali Khamenei.

Pela lei do país, condenados devem estar conscientes e com boa saúde antes de serem executados. As execuções são adiadas em caso de gravidez ou quando o criminoso está em coma. O pedido de perdão feito pelos grupos de defensores dos direitos humanos tem base em casos anteriores. Quando alguém é condenado à morte por apedrejamento no Irã, como ocorre, por exemplo, em casos de adultério, se o condenado consegue sair do buraco no qual é enterrado até o pescoço, sua vida é poupada, afirma o jornal.

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