O general Martin Dempsey, oficial mais graduado das forças armadas dos Estados Unidos, afirmou neste domingo que uma intervenção na Síria agora seria muito complicada. Ainda de acordo com o militar, armar o movimento de oposição seria uma escolha prematura e equivocada.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.400 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
Leia mais no Tema ‘Revoltas no Mundo Islâmico’
Dempsey fez as afirmações durante uma entrevista à rede CNN. “Intervir na Síria seria muito difícil. E penso que o caminho tomado atualmente, que consiste em tentar conquistar um consenso internacional, é o correto, em vez de tomar a decisão de fazer algo unilateralmente”, declarou o general. “A decisão de armar a oposição na Síria é prematura. Desafio qualquer um a identificar quem é o movimento de oposição na Síria neste momento. Há indícios de que a Al-Qaeda esteja envolvida e que está interessada em apoiar a oposição. Quero dizer que há vários atores e cada um tenta reforçar sua própria posição”.
A rede de televisão americana NBC disse no último sábado que aeronaves militares de inteligência operavam sobre a Síria para seguir os ataques de militares contra civis e oposição. As forças sírias foram mobilizadas neste domingo em Damasco para deter qualquer contestação depois que os habitantes da cidade foram convocados a praticar desobediência civil. As maiores manifestações na capital desde o início da revolta, há 11 meses, aconteceram nesta sexta-feira e sábado.
(Com agência France-Presse)