Combatidas pelos bombeiros há 11 dias, as chamas de incêndios florestais no nordeste da Grécia já devastaram uma área maior que a cidade de Nova York e que diversas capitais brasileiras, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia.
Alimentado por ventos fortes e clima quente, o fogo começou perto da cidade de Alexandroupolis e rapidamente se espalhou pela região de Evros, matando pelo menos 20 pessoas na semana passada. O incêndio é o mais mortal da Europa neste verão.
Em uma postagem na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, o Copernicus disse que as chamas devastaram pelo menos 808,7 km², esclarecendo que ele foi o maior incêndio em solo europeu em anos. O fogo transformou áreas de vegetação exuberante em terra arrasada e destruiu casas e meios de subsistência.
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Em comparação, a área destruída é maior do que várias capitais brasileiras, como Belo Horizonte (331,4 km²), Salvador (693,8 km²), Curitiba (432 km²), Porto Alegre (496,8 km²) e Goiânia (728,8 km²). A destruição também chegou a ser maior do que a área da cidade de Nova York, que ocupa 778,2 km².
As autoridades presumem que todos os mortos, exceto um, eram migrantes irregulares que cruzaram a fronteira da Turquia, fugindo da polícia na floresta. O governo teme que mais corpos possam ser encontrados quando as chamas forem apagadas, já que a região de Evros é uma passagem popular para a UE para milhares de migrantes e refugiados todos os anos.
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Aeronaves e equipes de bombeiros de Sérvia, Eslováquia, República Tcheca e Albânia auxiliam os gregos na luta contra as chamas. Porém, autoridades alertaram que os riscos do incêndio permaneciam elevados nesta terça-feira, 29.
Os incêndios florestais de verão são comuns na Grécia, mas o governo afirma que as condições meteorológicas extremas, que os cientistas associam às alterações climáticas, os agravaram este ano. O incêndio mais mortal já registrado na Grécia matou 104 pessoas nos arredores de Atenas em 2018.