Um incêndio em um colégio interno islâmico de Kuala Lumpur, capital da Malásia, deixou ao menos 23 mortos nesta quinta-feira, em sua maioria meninos adolescentes, que pediram por ajuda por meio de janelas travadas, disseram autoridades e testemunhas.
O incêndio irrompeu pouco antes de amanhecer em um dormitório no andar superior do prédio de três andares, segundo bombeiros, onde estudantes dormiam em beliches, com muitas das janelas cobertas por grades de metal. Um sobrevivente disse que os meninos só conseguiram abrir uma janela.
Dois professores também morreram no incêndio no internato Darul Quran Ittifaqiyah, que fica a apenas 15 minutos das icônicas Torres Petronas de Kuala Lumpur, disse a polícia, acrescentando que a maior parte dos internos morreu por inalação de fumaça. A vítima mais jovem tinha apenas 7 anos, segundo a imprensa local.
O desastre renovou pedidos por inspeções mais rígidas das chamadas escolas “tahfiz”, onde estudantes aprendem a memorizar o Alcorão. As instituições não são regulamentadas pelo Ministério de Educação, sendo responsabilidade do Departamento religioso.
Segundo a imprensa local, os bombeiros alertaram em agosto sobre as escassas medidas de segurança contra incêndios em centros religiosos privados. As autoridades disseram então que desde 2015 foram registrados 211 incêndios nestes estabelecimentos
O vice-diretor de operações do Corpo de Bombeiros, Soiman Jahid, disse que a causa do incêndio foi provavelmente um curto-circuito ou um dispositivo repelente de mosquitos.
(com Reuters e EFE)